quinta-feira, agosto 19, 2010

Bolas de ping-pong ajudam Nasa


Os jovens estudantes do projeto de verão que calcularam a viabilidade de manter o módulo de testes (ao fundo) flutuando com bolas de ping-pong

SÃO PAULO - Centro de Pesquisas Langley, da NASA, propõe que a agência utilize bolas de ping-pong para impedir que nave afunde após testes.

A proposta, que já se mostrou técnica e economicamente viável, aguarda aprovação de oficiais seniores para ser posta em prática.
A idéia partiu de um engenheiro chamado John DiNonno, que se lembrou de um programa que assistiu no Discovery Channel, no qual um navio naufragado foi reerguido com 27 mil bolinhas.
O desafio era solucionar um problema para a equipe de Langley: recuperar um projeto após seus testes. O centro está trabalhando em um simulador de módulo de viagens para astronautas que será usado em testes não tripulados. Essa etapa é parte do esforço para construir um veículo que substitua os ônibus espaciais, prestes a serem aposentados.
O veículo Orion é a nave de próxima geração criada pra levar astronautas ao espaço e, em sua primeira viagem, deverá subir 120 km acima da superfície da Terra. No entanto, justamente por se tratar de um teste, o módulo destinado a tripulação não será pressurizado. Com isso, ele não terá a flutuabilidade de uma nave comum e corre o risco de afundar no Atlântico após a queda.

Portanto, o desafio proposto era: como salvar o modelo de testes para futuras análises e possível reuso sem que a medida pesasse no orçamento final do projeto?

E é aí que a ideia de DiNonno entra em ação. Junto com um grupo de estudantes de um projeto de verão do Centro, ele testou diversos tipos de bolinhas de ping pong em vários critérios: reação ao ambiente de quase-vácuo, flutuação, aplicação de peso usando prensa hidráulica, aquecimento (para ver a reação às altas temperaturas de reentrada na atmosfera), descargas eletrostáticas e emissão de quaisquer substanciais nocivas à nave.

Após a bateria, as bolinhas de ping-pong se mostraram uma opção segura e viável. Segundo o cálculo feito em Langley, para manter o módulo boiando seriam necessárias pelo menos 150 mil bolinhas. Se cada uma sai a um preço de 50 centavos de dólar (que poderia ser reduzido devido à quantidade adquirida), o preço final seria muito baixo para os padrões de gastos da NASA.

O projeto ainda deve passar por algumas etapas de aprovação dentro da Agência Espacial Americana.

Fonte: http://info.abril.com.br/

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