quarta-feira, julho 14, 2010

Um novo sensor infravermelho


SÃO PAULO – Para enxergar melhor em uma estrada escura, ou para combater um incêndio com mais precisão, pesquisadores desenvolvem um novo sensor infravermelho.

Capaz de captar comprimentos de onda invisíveis aos olhos, as câmeras infravermelhas são já bastante conhecidas, porém ainda não utilizadas em larga escala.
Através de suas lentes, é possível enxergar objetos por meio de sua temperatura, que emitem ondas de 10 micrometros de comprimento. Os detectores nessas câmeras registram essa radiação térmica e localizam a fonte de calor – o que poderia ajudar motoristas a ver pessoas ou animais à noite muito antes de eles chegarem a seu campo de visão.
O problema é que as câmeras infravermelhas acima de 5 micrometros precisam que o sensor esteja resfriado a -193º C – o que cria um sistema que não só consome muita bateria, como também ocupa um grande espaço. As mais avançadas, que não precisam desse resfriamento,acabam não chegando ao mercado.
Por isso, pesquisadores do Fraunhofer Institute for Microelectronic Circuits and Systems IMS em Duisburg, Alemanha, trabalharam na produção de um sensor que funciona a temperatura ambiente.
Chamado de IRFPA (Infrared Focal Plane Array), ele possui um detector sensível a temperaturas que absorve as ondas longas de infravermelho. Para produzir uma imagem bidimensional, diversos desses sensores são combinados. Se ele absorve luz de uma fonte de calor, sua temperatura interior aumenta e sua resistência elétrica muda. Um chip então converte esse valor de resistência diretamente em um sinal digital.
Para os pesquisadores, aparelhos móveis devem se beneficiar do novo produto, pois sem o mecanismo de resfriamento, além de menores e mais leves, as câmeras infravermelhas terão seu tempo de bateria entendido. Teste iniciais com o aparelho foram muito bem sucedidos e os pesquisadores agora aprimoram o protótipo.


Fonte: http://info.abril.com.br/

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