sexta-feira, julho 23, 2010

Novas evidências de água na Lua


Fotografia da amostra lunar recolhida pela Apollo 14


SÃO PAULO - Pesquisando rochas lunares recolhidas em uma missão Apollo, cientistas encontram mais evidências de água no satélite natural da Terra.
A equipe composta por membros do California Institute of Technology (Caltech) e da Universidade do publicou seus resultados hoje na Nature.
A água foi achada em um mineral chamado apatita, composto de fosfato de cálcio; embora não tenham sido encontradas moléculas de água H2O, foi constada a presença de hidrogênio na forma do ânion hidroxila, OH-, ligado à apatita. Se você aquecer este mineral, os íons de hidroxila se decompõem e formam água.
A amostra de basalto lunar na qual o hidrogênio foi achado foi coletada pela missão Apollo 14 em 1971. Foi Larry Taylor, professor da Universidade do Tennessee, quem enviou as amostras à Caltech no ano passado. Os cientistas usaram então um equipamento capaz de analisar grãos minerais de tamanhos menores do que um fio de cabelo. O instrumento dispara um feixe de íons, dispersando átomos que são coletados e analisados em um espectrômetro de massa.
Em termos de hidrogênio, enxofre e cloro, a apatita encontrada na Lua é indistinguível das apatitas achadas em rochas vulcânicas terrestres. Esta similaridade só reforça a tese de que depósitos vulcânicos na Lua entraram em erupção pela expansão do vapor de água – e não somente por gases como dióxido de carbono e enxofre.
Isso não significa que a Lua possua a mesma quantidade de água que a terra, em termos proporcionais. Mas significa que nosso satélite natural pode possuir ainda mais água do que se acreditava. Além disso, as descobertas dão muitas informações sobre a geologia e a história da Lua.
Fonte: http://info.abril.com.br/

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