sábado, junho 05, 2010

Qual a melhor conexão 3G no Brasil?


O INFOLAB correu o Brasil para testar conexões 3G

SÃO PAULO - Até o fim do ano, os acessos à banda larga móvel devem ultrapassar os da fixa no Brasil. Mas será que dá para viver só de 3G?


“Minha vida mudou depois do 3G”, diz MariMoon, VJ da MTV. A apresentadora, de 27 anos, comanda dois programas no canal, entre eles o Scrap MTV, que fala de internet, tecnologia, games e mundo geek. Ela divide sua vida entre antes e depois do celular com internet — no caso, um iPhone. Faz tudo por ele, inclusive transmissões ao vivo direto para seu site, por streaming. MariMoon baixa o roteiro dos programas no smartphone e lê no táxi ou quando está de carona. “Confiro o Twitter sempre e fico por dentro das novidades para colocar no programa”, diz. Estar conectado à internet em todos os lugares e a qualquer momento como faz MariMoon é o sonho (e a necessidade) de muita gente. Mas está longe de ser realidade na maior parte do país.

VEJA A TABELA COMPLETA COM A COBERTURA DAS REDES 3G NO BRASIL

Em termos de abrangência, o 3G alcança apenas 12,8% dos municípios brasileiros, o que representa 64,6% da população. A tecnologia estreou em dezembro de 2007 no país e ainda está restrita, basicamente, a capitais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 200 000 habitantes. Fora deles, a internet móvel engatinha. Além da questão da cobertura, a praticidade de se livrar dos fios ainda enfrenta outras contrapartidas: a qualidade e a instabilidade dos serviços. Falta sinal e sobram reclamações.

Apesar de todos esses problemas, as estimativas apontam que a banda larga móvel no Brasil ultrapassará a fixa no total de acessos ainda este ano. “O crescimento do uso de dados é explosivo”, afirma Eduardo Tude, sócio e presidente da consultoria Teleco. No fim de 2010, deverão ser 15 milhões de acessos móveis contra 14 milhões de fixos, segundo um estudo feito pela Teleco para a fabricante Huawei. Em 2014, ano da Copa do Mundo no país, a projeção é chegar a 60 milhões de acessos de banda larga móvel e 30 milhões de fixa.

Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e da Teleco, o serviço que mais cresceu no país em 2009 foi justamente o 3G, com aumento de 227%. Smartphones e modems 3G somam 10,5 milhões, sendo que os telefones representam 72% desse total. “Nos países onde a penetração da banda larga fixa é menor ou mais difícil, o número de modems costuma ser mais representativo”, afirma Erasmo Rojas, diretor da 3G Americas para a América Latina.
Hoje, 6% dos celulares em operação no Brasil acessam a internet. Em 2008, eram apenas 1,4%. No mundo, as vendas de smartphones cresceram 15,1% no ano passado — e a tendência é que eles se firmem como os principais dispositivos de acesso à web, inclusive no Brasil. “A universalização da internet será feita pelos smartphones”, afirma Luís Fonseca, diretor de terminais da Huawei.


Tamanha explosão ainda não foi suficiente para deixar o Brasil acima da média mundial em banda larga móvel. O alto custo de implantação da infraestrutura num país grande como o nosso encarece o serviço e joga contra a popularização da internet rápida. “Nos últimos cinco anos, investimos 10 bilhões de reais”, afirma Hugo Janeba, vice-presidente de marketing e inovação da Vivo. Na América Latina, o Brasil está atrás da Argentina, do Chile e do México nas conexões fixas, mas um pouco à frente nas móveis.
3G versus banda fixa


O próximo passo para o 3G é levar a tecnologia para as cidades menores, de 30 000 a 50 000 habitantes, seguindo a regulamentação e o cronograma estabelecido pela Anatel. Com o preço dos modems em queda e a atração gerada pela mobilidade, o 3G acabou entrando na briga com as operadoras de banda larga. “O 3G é visto por muitos como um substituto da banda larga fixa: 80% das pessoas usam de casa”, afirma Fiamma Zarife, diretora de Serviços de Valor Agregado da Claro. “Mas web por 3G é complementar, não substitutiva”, diz Fiamma.


As operadoras são unânimes na defesa do uso moderado, em prol da qualidade do serviço — só que para o usuário isso não faz o menor sentido. “A conexão por 3G nunca foi pensada para ser a banda larga fixa do cliente”, afirma Flávia Bittencourt, diretora de marketing da Oi. Segundo ela, no Brasil as operadoras entraram na briga no mercado de internet porque a receita obtida com voz está caindo, enquanto a de dados aumenta. Em 2009, ela alcançou 14,2% da receita bruta de serviços das operadoras, totalizando 8 bilhões de reais, segundo a pesquisa Monitor Acision de VAS Móvel. O estudo foi feito pela consultoria Teleco para a Acision, empresa que oferece serviços para as operadoras de telefonia móvel. Na Vivo, de acordo com a própria operadora, a receita de serviços de valor agregado e dados correspondeu a 16% do total em 2009. Metade do valor veio da banda larga.
O engenheiro civil Daniel Appoloni, de 31 anos, já testou 3G com modems das quatro principais operadoras em dois anos. Na TIM nem conseguiu navegar e cancelou em três dias, no começo de 2008. Na Claro, ficou quase os dois anos, mas desistiu do serviço depois de, ao tentar um upgrade de velocidade, receber uma cobrança indevida de multa. A briga acabou na justiça. Sua terceira opção foi a Vivo, cancelada em dois meses. Agora está com um plano de 10 GB da Oi — feliz, pelo menos por enquanto. “Na Oi estou recebendo um atendimento melhor, com suporte satisfatório”, diz Appoloni. O engenheiro usa a banda larga móvel para substituir a fixa e é um cliente assíduo das empresas de telecomunicações. Tem chips pré-pagos de cinco operadoras (Vivo, Claro, TIM, Oi e aeiou), um iPhone com chip pós-pago da Oi e plano de dados. Ainda tem um Nextel e um telefone fixo da Embratel. É praticamente impossível não encontrá-lo.

Confira a noticia compelta no link abaixo:
http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/qual-a-melhor-conexao-3g-no-brasil-04062010-19.shl?5




Fonte: http://info.abril.com.br/

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