SÃO PAULO - A paixão pelo cinema, despertada logo na infância, foi o que levou um catador de material reciclável, hoje com 60 anos, a aproveitar objetos que achava no lixo para construir uma pequena sala de cinema na garagem de sua casa em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
A iniciativa, que começou há 12 anos, foi transferida depois para um lugar maior, na parte superior da casa, montada especialmente para a exibição de filmes.
Na sala, ainda modesta, 60 pessoas podem assistir aos filmes exibidos pelo criador do Mini Cine Tupy, José Luiz Zagati.
“Sempre gostei muito de cinema, aos 5 anos de idade fui levado pela primeira vez pela minha irmã e fiquei apaixonado. Eu gostei de ver o cinema funcionando, as pessoas sentadas assistindo ao filme. Eu brinquei de fazer cinema, quando ainda menino ganhei meu primeiro projetor. Eu queria muito fazer plateia e fazer a alegria das pessoas, mas nunca tive condições até que virei catador e comecei com isso”.
Zagati contou que foi juntando equipamentos velhos encontrados no lixo que começou a passar filmes infantis para as crianças da comunidade e, a partir daí, continuou a procurar os títulos que fazem parte do acervo do Mini Cine Tupy. De filmes em rolo, passando por VHS até chegar ao DVD, ele continua a exibir e a divulgar com um pedaço de cartolina as sessões gratuitas na própria casa. Parte do equipamento utilizado agora veio de doações.
“Eu comprei um terreno, construí a minha casa com esse espaço porque dei prioridade ao cinema. Ela é bem simples, mas a procura é bastante grande das pessoas de periferia, crianças, idosos. Todos gostam de ver o cinema, que é de graça, com pipoca de graça. A grande maioria da população brasileira não tem acesso ao cinema, que é caro”.
Com o mesmo objetivo, o de levar o cinema para a periferia, o projeto Cine Tela Brasil leva em um caminhão uma tenda que é montada em cidades e bairros carentes de São Paulo, na qual são exibidos gratuitamente os filmes para a população, como explicou o coordenador do projeto, Edson Souza. “Estamos toda semana em um lugar diferente, exibindo filmes nacionais e com a participação de brasileiros para todas as idades e gostos”.
Os títulos são exibidos durante todo o ano até que pelo menos as 44 cidades ou bairros que o projeto consegue visitar sejam contemplados. “Normalmente as sessões têm 225 pessoas nas tendas, com ar condicionado e todo conforto. Na verdade, 80% das pessoas para quem perguntamos se já foram ao cinema respondem que não, mesmo em áreas em que teoricamente o acesso seria fácil”.
Nesta semana, o governo federal lançou o Programa Cinema Perto de Você, que pretende estimular a construção de 600 salas de cinema nos próximos quatro anos, principalmente nas regiões onde o acesso ao cinema é limitado e nas pequenas cidades das regiões Norte e Nordeste. O programa prevê o financiamento de R$ 500 milhões, dos quais R$ 300 milhões sairão do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e o restante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Também está prevista a desoneração de carga tributária para aquisição de equipamentos e material de construção. A estimativa do governo é de que haja uma renúncia fiscal de aproximadamente R$ 189 milhões.
Fonte: http://info.abril.com.br/
A iniciativa, que começou há 12 anos, foi transferida depois para um lugar maior, na parte superior da casa, montada especialmente para a exibição de filmes.
Na sala, ainda modesta, 60 pessoas podem assistir aos filmes exibidos pelo criador do Mini Cine Tupy, José Luiz Zagati.
“Sempre gostei muito de cinema, aos 5 anos de idade fui levado pela primeira vez pela minha irmã e fiquei apaixonado. Eu gostei de ver o cinema funcionando, as pessoas sentadas assistindo ao filme. Eu brinquei de fazer cinema, quando ainda menino ganhei meu primeiro projetor. Eu queria muito fazer plateia e fazer a alegria das pessoas, mas nunca tive condições até que virei catador e comecei com isso”.
Zagati contou que foi juntando equipamentos velhos encontrados no lixo que começou a passar filmes infantis para as crianças da comunidade e, a partir daí, continuou a procurar os títulos que fazem parte do acervo do Mini Cine Tupy. De filmes em rolo, passando por VHS até chegar ao DVD, ele continua a exibir e a divulgar com um pedaço de cartolina as sessões gratuitas na própria casa. Parte do equipamento utilizado agora veio de doações.
“Eu comprei um terreno, construí a minha casa com esse espaço porque dei prioridade ao cinema. Ela é bem simples, mas a procura é bastante grande das pessoas de periferia, crianças, idosos. Todos gostam de ver o cinema, que é de graça, com pipoca de graça. A grande maioria da população brasileira não tem acesso ao cinema, que é caro”.
Com o mesmo objetivo, o de levar o cinema para a periferia, o projeto Cine Tela Brasil leva em um caminhão uma tenda que é montada em cidades e bairros carentes de São Paulo, na qual são exibidos gratuitamente os filmes para a população, como explicou o coordenador do projeto, Edson Souza. “Estamos toda semana em um lugar diferente, exibindo filmes nacionais e com a participação de brasileiros para todas as idades e gostos”.
Os títulos são exibidos durante todo o ano até que pelo menos as 44 cidades ou bairros que o projeto consegue visitar sejam contemplados. “Normalmente as sessões têm 225 pessoas nas tendas, com ar condicionado e todo conforto. Na verdade, 80% das pessoas para quem perguntamos se já foram ao cinema respondem que não, mesmo em áreas em que teoricamente o acesso seria fácil”.
Nesta semana, o governo federal lançou o Programa Cinema Perto de Você, que pretende estimular a construção de 600 salas de cinema nos próximos quatro anos, principalmente nas regiões onde o acesso ao cinema é limitado e nas pequenas cidades das regiões Norte e Nordeste. O programa prevê o financiamento de R$ 500 milhões, dos quais R$ 300 milhões sairão do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e o restante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Também está prevista a desoneração de carga tributária para aquisição de equipamentos e material de construção. A estimativa do governo é de que haja uma renúncia fiscal de aproximadamente R$ 189 milhões.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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