Passamos algumas horas com os olhos grudados nas telas e tiramos a dúvida
Comparar os recursos do iPad com os do Kindle seria covardia. Mas as perguntas que mais ouvimos dos leitores durante o teste do tablet foram “esse treco é bom para ler?”, “a tela brilhante não cansa os olhos?” ou ainda “o Kindle já era?”.
Portanto, estabelecido que o iPad é, sim, um concorrente do leitor da Amazon em sua função essencial (exibir livros na tela), colocamos os dois frente a frente para ver quem é que manda.
Enquanto o tablet possui um LCD touchscreen de 9,7 polegadas, fantástico para conteúdo multimídia e para ver as cores vivas das fotos em revistas, o Kindle aposta na experiência de leitura mais parecida possível com a de um livro. Tem 6 polegadas e usa a chamada tinta eletrônica e-ink, exibindo imagens em preto e branco.
Além de não cansar a vista, a tela do leitor de e-books não reflete as luzes do ambiente – se você curtir ler ao ar livre, com a luz do sol batendo em seu rosto, vai conseguir usá-lo numa boa. Em contrapartida, quem gosta de ler no quarto, deitado na cama, terá de acender as luzes à noite para enxergar as letras. Já o iPad reflete até as luzes mais tímidas e cansa após um período de uso entre uma e duas horas.
Quando se fala em software, o Kindle nem se compara ao brinquedo da Apple. Mesmo porque o tablet permite escolher entre várias opções, como o FreeBooks, um aplicativo do próprio Kindle e o melhor de todos, o iBooks. Neste último, a fabricante mostra o que faz de melhor, simulando no mundo virtual a experiência de pegar um livro na estante, abri-lo e folheá-lo, com animações bonitas.
A única coisa que o Kindle tem e o iBooks fica devendo é a opção de fazer notas no rodapé, recurso ainda mais interessante por causa do teclado QWERTY físico do modelo International, vendido no Brasil. No mais, o leitor da Amazon se mostra lento para virar as páginas e não permite alterar o tipo de fonte utilizado, mas apenas seu tamanho.
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