domingo, março 21, 2010

Você gostaria que seu túmulo 'falasse'?


Você estaria disposto a investir em uma tecnologia que permitisse a comunicação com seus entes queridos após a sua morte?


Não se trata de um truque de alquimistas, uma revolução genética e nem mesmo um tratamento antiidade revolucionário, mas sim de uma lápide que fornece aos visitantes mais que nome e datas de nascimento e morte.
A RosettaStone, de uma empresa americana chamada Objecs, é uma pedra do tamanho de um iPod Classic com alguns símbolos gravados do lado de fora e um chip dentro. Ela é fabricada com uma tecnologia de hyperlink via toque para servir como “arquivo pessoal a longo prazo”.
As figuras gravadas na pedra, ou Life Symbols (Símbolos da Vida), são escolhidos pelo futuro falecido de uma lista pré existente; a idéia é que, das centenas disponíveis, você escolha aqueles que digam algo sobre sua vida (há desde casais com uma criança até guitarras, símbolos científicos e profissões).
Para cada símbolo, o cliente deixa um texto, uma frase, um pensamento escrito. Qualquer telefone com acesso à internet poderá ler essas mensagens por meio de RFID, reconhecimento de imagem e o chamado hardlinking.
Se seu telefone tem a tecnologia NFC-RFID (NFC ou "near-field communication", uma subdivisão de RFID para objetos muito próximos), algo que só deve acontecer dentro dos próximos anos, basta encostá-lo em um dos símbolos para ativar o chip.
O toque do celular e seu campo magnético liberam uma pequena energia magnética suficiente para ligá-lo, fazer com que se conecte ao telefone e abra uma URL com as palavras que a pessoa digitou antes de morrer – o device, portanto, não usa bateria.

Para quem não possui essa tecnologia, basta acessar pelo telefone o endereço gravado na pedra.

As duas opções disponíveis possuem garantias distintas. A Memorial RosettaStone, de granito, é feita para ser instalada em uma lápide de verdade. Já a pedra de travertine, chamada Personal RosettaStone, é para uso em ambientes fechados (como um mausoléu ou mesmo dentro de casa) e não necessariamente precisa ficar em uma lápide. O fabricante alerta que os dados do modelo ao ar livre devem ser lidos por cerca de 300 anos (depois disso, a chuva ácida e as intempéries danificam o chip). Para aquele que não está exposto, no entanto, o tempo de duração é indeterminado...
E, já que os textos "duram para sempre", é melhor pensar bem no que se vai escrever - afinal, a chance de voltar atrás para corrigir é (até onde se sabe) zero.


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