Programa criado na University College, de Londres, conseguiu adivinhar o que voluntários estavam pensando pela simples análise de suas ondas cerebrais.
O sistema, que ainda é um teste, previu com grande precisão os pensamentos em uma situação controlada: acertou qual de três filmes exibidos estava “na cabeça” das pessoas.
A pesquisa publicada na Current Biology foi liderada pela professora Eleanor Maguire e é uma extensão de trabalhos anteriores sobre memória espacial. Dessa vez, ao invés de abordar a memória simples, de localização do indivíduo, a equipe estudou as lembranças cotidianas, que envolvem uma serie de informações extras.
Para ver como as memórias são gravadas, os pesquisadores mostraram a 10 voluntários três filmes curtos de apenas sete segundos cada e pediram que eles memorizassem o que viram. As tramas eram bem simples, com muitas características em comum, e mostravam uma mulher realizando tarefas do dia-a-dia: colocando uma carta no correio, jogando um copo no lixo e pegando uma bicicleta.
Os voluntários tiveram que se lembrar dos filmes, um de cada vez, enquanto passavam dentro de um scanner fMRI – ou ressonância magnética funcional. Esse equipamento grava a atividade cerebral medindo as mudanças de fluxo sanguíneo no cérebro.
O algoritmo criado na universidade se encarregou de estudar os padrões e identificou em 45% das vezes qual filme cada voluntário tinha em mente - uma porcentagem muito maior do que alcançada pelo simples "chute". Os resultados dão pistas sobre a formação da nossa memória, sugerindo que ela é gravada em padrão regular.
O foco do estudo foi o lóbulo médio temporal, em especial o hipocampo, região que, isolada, permitiu as análises mais precisa do programa.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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