Eles se protegem com pseudônimos e usando múltiplos endereços, mas as legiões de hackers chineses foram colocadas em destaque na semana passada depois que o Google anunciou ter sofrido um sofisticado ciberataque oriundo da China.
Existem dezenas de milhares de Hong Ke, ou "visitantes vermelhos", como são conhecidos na China. Muitos são motivados pelo patriotismo, ainda que seja mais difícil estabelecer que relacionamento mantêm com o governo ou as forças armadas chinesas, suspeitos por alguns observadores de estarem por trás dos ataques.
A Honker Union, mais famoso grupo chinês de Hong Ke, prova a existência de uma área cinzenta entre os hackers patrióticos e o Estado. O grupo negou envolvimento no ataque contra o Google.
"A Honker Union... não tem interesse em se envolver em política. Trabalhamos apenas pela segurança dos sites chineses", disse um de seus principais membros, Lyon, em entrevista por telefone. Lyon, o apelido usado pelo hacker, é chefe de departamento em uma das grandes empresas estatais de telecomunicações do país, e se recusou a revelar seu nome real.
Fundado em 2001, o grupo esteve envolvido em uma guerra de computação com hackers norte-americanos devido ao incidente com um avião espião norte-americano em Hainan, em 2001, e na semana passada atacou sites iranianos em represália contra uma ação do Cyber Army, iraniano, que tomou temporariamente o controle do serviço de buscas chinês Baidu.
"Fica bem claro que muitos dos hackers chineses são motivados pelo patriotismo", disse Trevor T, pseudônimo de um norte-americano que ajuda a operar o Dark Visitor, um blog sobre hackers chineses, nos Estados Unidos. "A China pode ser inferior aos EUA em termos militares, mas claramente investiu muitos de seus melhores cérebros no desenvolvimento de capacidades que possam compensar a vantagem norte-americana em caso de um confronto militar direto", disse ele.
Na semana passada, o Google anunciou que um ataque "sofisticado" vindo da China havia resultado em roubo de propriedade intelectual da companhia. O episódio, bem como a censura, foram citados pela empresa como motivos para avaliar uma saída do grupo do país.
O Google não especificou como soube que os ataques vieram da China ou porque a empresa e outras 34 companhias foram alvo. O uso de múltiplos endereços e servidores por hackers em Taiwan e outros locais toda difícil provar como ou por quem foram coordenados. Além disso, a popularidade da prática de invasão de computadores no país dificulta as investigações.
A China pode ter agora até 50 mil hackers militares treinados ou em treinamento, afirmou o especialista em cibersegurança James Mulvenon em uma comissão do Congresso norte-americano em 2008. Essa informação não pode ser confirmada de modo independente.
"Quem será provavelmente o protagonista principal da próxima guerra? O primeiro candidato que surgiu e é o mais conhecido é o hacker de computador", escreveram dois coronéis do Exército Popular de Libertação da China, Qiao Liang e Wang Xiangsui, no livro Unrestricted Warfare (Guerra Ilimitada), de 1999.
A Honker Union, mais famoso grupo chinês de Hong Ke, prova a existência de uma área cinzenta entre os hackers patrióticos e o Estado. O grupo negou envolvimento no ataque contra o Google.
"A Honker Union... não tem interesse em se envolver em política. Trabalhamos apenas pela segurança dos sites chineses", disse um de seus principais membros, Lyon, em entrevista por telefone. Lyon, o apelido usado pelo hacker, é chefe de departamento em uma das grandes empresas estatais de telecomunicações do país, e se recusou a revelar seu nome real.
Fundado em 2001, o grupo esteve envolvido em uma guerra de computação com hackers norte-americanos devido ao incidente com um avião espião norte-americano em Hainan, em 2001, e na semana passada atacou sites iranianos em represália contra uma ação do Cyber Army, iraniano, que tomou temporariamente o controle do serviço de buscas chinês Baidu.
"Fica bem claro que muitos dos hackers chineses são motivados pelo patriotismo", disse Trevor T, pseudônimo de um norte-americano que ajuda a operar o Dark Visitor, um blog sobre hackers chineses, nos Estados Unidos. "A China pode ser inferior aos EUA em termos militares, mas claramente investiu muitos de seus melhores cérebros no desenvolvimento de capacidades que possam compensar a vantagem norte-americana em caso de um confronto militar direto", disse ele.
Na semana passada, o Google anunciou que um ataque "sofisticado" vindo da China havia resultado em roubo de propriedade intelectual da companhia. O episódio, bem como a censura, foram citados pela empresa como motivos para avaliar uma saída do grupo do país.
O Google não especificou como soube que os ataques vieram da China ou porque a empresa e outras 34 companhias foram alvo. O uso de múltiplos endereços e servidores por hackers em Taiwan e outros locais toda difícil provar como ou por quem foram coordenados. Além disso, a popularidade da prática de invasão de computadores no país dificulta as investigações.
A China pode ter agora até 50 mil hackers militares treinados ou em treinamento, afirmou o especialista em cibersegurança James Mulvenon em uma comissão do Congresso norte-americano em 2008. Essa informação não pode ser confirmada de modo independente.
"Quem será provavelmente o protagonista principal da próxima guerra? O primeiro candidato que surgiu e é o mais conhecido é o hacker de computador", escreveram dois coronéis do Exército Popular de Libertação da China, Qiao Liang e Wang Xiangsui, no livro Unrestricted Warfare (Guerra Ilimitada), de 1999.
Fonte: www.terra.com.br
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