Engenheiros de um instituto de pesquisa da Holanda programaram dois robôs - Nao e iCat - para ensinar crianças a evitar comer em excesso e lembrá-las dos horários de remédios essenciais, tais como a insulina. A Emporia Telecom, uma fabricante austríaca de celulares, expandiu sua produção depois que a T-Mobile, a maior operadora alemã de telefonia móvel, começou a oferecer seu TalkPremium para usuários idosos. O celular tem teclado grande e foi criado para facilitar a comunicação de voz e texto.
Os muito jovens e os idosos jamais foram o público-alvo das empresas de tecnologia, que tendem a se concentrar nos mercados maiores. Mas, com a desaceleração da economia e queda do crescimento, elas vêm dedicando tecnologia de ponta aos extremos ocasionalmente negligenciados do espectro de consumidores.
"A tecnologia direcionada aos idosos e às crianças é um campo em rápida expansão", disse Mark Neerincx, professor de interação homem-máquina na Universidade de Tecnologia de Delft, Holanda. "Esse será um grande negócio".
Esta semana, na grande feira de eletrônicos IFA, em Berlim, produtos para idades específicas foram apresentados por grandes empresas de eletrônica como a Philips, da Holanda, e a Samsung, da Coreia do Sul, bem como por fabricantes especializados, a exemplo da alemã DSC-Zettler, da sueca Doro e da Emporia.
Os fabricantes de bens eletrônicos de consumo têm produtos de design tradicional para os mercados de massa. Mas à medida que aumenta a idade da população mundial, o potencial de vendas atrai interesse.
"Temos muito mais pessoas mais velhas agora, com melhor qualidade de vida, e o setor é grande", disse Iker Laskibar, coordenador científico do Ingema, um instituto que desenvolve tecnologia para os idosos e deficientes físicos, em San Sebastián, Espanha. O instituto pesquisa para a IBM e HP, entre outros. "Todos querem saber como adaptar seus produtos", disse Laskibar.
Majd Alwan, diretor do Centro de Tecnologias de Serviço aos Idosos, uma organização de defesa da terceira idade em Washington, diz que essa nova atenção já chega com atraso.
"Muitos fabricantes de bens eletrônicos de consumo ainda não estão projetando produtos de fácil uso pelos idosos", diz. "Projetam para as gerações mais jovens. Querem estar na moda e não querem ser associados aos idosos".
Nos anos 80, a Sony tentou projetar produtos para os idosos, diz Fujio Nishida, presidente da Sony Europe. Mas o esforço não apresentou resultados e não foi repetido. Os idosos rejeitaram os rádio-relógios com botões grandes e controles simples, ele diz.
"Ainda que o design facilitasse as coisas para eles, a verdade é que muitos dos consumidores mais velhos não queriam se admitir idosos", diz Nishida. "Por isso, não compravam os produtos".
Os idosos agora estão mais dispostos a gastar dinheiro em tecnologia que possa melhorar suas vidas, diz Levent Bektas, diretor de vendas da DSC-Zettler, que produz celulares e telefones fixos com botões grandes, em Petershausen, Alemanha.
"A demanda é muito maior do que há 20 anos", ele afirma.
A Doro, que fabrica celulares de uso fácil para idosos em Lund, Suécia, tem grupos de teste formados por idosos para seus produtos, enquanto a Emporia se saiu bem com o TalkPremium.
"As vendas vêm sendo boas há um ano", diz Roland Meyer, diretor de treinamento de funcionários da Emporia na Alemanha. "O número de idosos cresce, e eles têm dinheiro".
"A tecnologia direcionada aos idosos e às crianças é um campo em rápida expansão", disse Mark Neerincx, professor de interação homem-máquina na Universidade de Tecnologia de Delft, Holanda. "Esse será um grande negócio".
Esta semana, na grande feira de eletrônicos IFA, em Berlim, produtos para idades específicas foram apresentados por grandes empresas de eletrônica como a Philips, da Holanda, e a Samsung, da Coreia do Sul, bem como por fabricantes especializados, a exemplo da alemã DSC-Zettler, da sueca Doro e da Emporia.
Os fabricantes de bens eletrônicos de consumo têm produtos de design tradicional para os mercados de massa. Mas à medida que aumenta a idade da população mundial, o potencial de vendas atrai interesse.
"Temos muito mais pessoas mais velhas agora, com melhor qualidade de vida, e o setor é grande", disse Iker Laskibar, coordenador científico do Ingema, um instituto que desenvolve tecnologia para os idosos e deficientes físicos, em San Sebastián, Espanha. O instituto pesquisa para a IBM e HP, entre outros. "Todos querem saber como adaptar seus produtos", disse Laskibar.
Majd Alwan, diretor do Centro de Tecnologias de Serviço aos Idosos, uma organização de defesa da terceira idade em Washington, diz que essa nova atenção já chega com atraso.
"Muitos fabricantes de bens eletrônicos de consumo ainda não estão projetando produtos de fácil uso pelos idosos", diz. "Projetam para as gerações mais jovens. Querem estar na moda e não querem ser associados aos idosos".
Nos anos 80, a Sony tentou projetar produtos para os idosos, diz Fujio Nishida, presidente da Sony Europe. Mas o esforço não apresentou resultados e não foi repetido. Os idosos rejeitaram os rádio-relógios com botões grandes e controles simples, ele diz.
"Ainda que o design facilitasse as coisas para eles, a verdade é que muitos dos consumidores mais velhos não queriam se admitir idosos", diz Nishida. "Por isso, não compravam os produtos".
Os idosos agora estão mais dispostos a gastar dinheiro em tecnologia que possa melhorar suas vidas, diz Levent Bektas, diretor de vendas da DSC-Zettler, que produz celulares e telefones fixos com botões grandes, em Petershausen, Alemanha.
"A demanda é muito maior do que há 20 anos", ele afirma.
A Doro, que fabrica celulares de uso fácil para idosos em Lund, Suécia, tem grupos de teste formados por idosos para seus produtos, enquanto a Emporia se saiu bem com o TalkPremium.
"As vendas vêm sendo boas há um ano", diz Roland Meyer, diretor de treinamento de funcionários da Emporia na Alemanha. "O número de idosos cresce, e eles têm dinheiro".
Fonte: www.terra.com.br
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