terça-feira, setembro 01, 2009

Estudantes americanos desenvolvem carro para cegos

Em um futuro não muito distante será um evento normal ver um cego dirigindo um carro, se depender dos universitários do Instituto Politécnico de Virgínia, nos Estados Unidos. Graças a eles, vinte pessoas cegas tiveram a oportunidade de dirigir carros feitos especialmente para elas.
O evento aconteceu no estacionamento da Universidade de Maryland para um encontro de 200 jovens deficientes visuais e foi promovido pela Federação Nacional para os Cegos. O objetivo, segundo o site ABC News foi encorajar alunos do ensino médio a seguirem carreiras em tecnologia e ciência.
O Instituto Politécnico de Virgínia foi a única universidade a entrar no desafio da Federação e construir um carro que permitisse aos cegos dirigir. O pedido foi feito em 2006, e o carro foi apresentado agora, garantindo um prêmio de US$ 3 mil aos alunos responsáveis pelo projeto.
O "buggy" montado utiliza um sensor a laser que lê a estrada à sua frente, um colete vibratório vestido no motorista indica a velocidade e diz quando parar e um headset envia comandos de voz indicando qual direção deve ser tomada, noticiou o site Examiner.
Sensores também identificam objetos muito próximos e interrompem o funcionamento do motor caso calcule que o motorista não consiga desviar a tempo. De acordo com o jornal Washington Post, a velocidade máxima estipulada inicialmente pela equipe foi de aproximadamente 25 km/h.
"Queremos que os cegos dirijam, não que sejam dirigidos" declarou Matt Lippy, um dos nove membros da equipe que projetou o veículo, que parece ter agradado ao seu seleto público. Ishaan Rastogi, estudante cego de 15 anos, o primeiro a testar o veículo, aprovou: "Um dia estaremos na estrada com eles" disse.
Um primeiro teste já havia sido realizado em maio com três cegos que nunca haviam dirigido um carro, e nenhum cone do percurso foi derrubado. Os cegos foram melhores do que os membros da equipe, que tentaram dirigir com os olhos vendados. Para Lippy isso aconteceu porque motoristas experientes tendem a seguir seus próprios instintos e não confiam nos sinais do computador.
Por ser um modelo muito cru ainda, o próximo passo da equipe é desenvolver um mapa que os cegos possam interpretar e também resolver problemas apontados pelos próprios motoristas: como encontrar o carro no estacionamento e como encontrar o positivo e o negativo da bateria quando essa precisar ser recarregada.

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