"Jamais imaginei que fosse me sair bem assim", disse Yang, 23 anos, que no passado ganhou US$ 75 mil. "Comecei vendendo tapetes para ioga, e agora vendo muita maquiagem. As margens de lucro são mais altas".
A febre do Taobao varreu a escola de Yang, a Faculdade Industrial e Comercial de Yiwu, cujos administradores informam que um quarto dos 8,8 mil estudantes hoje administram uma loja no mercado online, muitas vezes trabalhando de seus alojamentos universitários.
Em toda a China, milhões de outras pessoas - formandos universitários, comerciantes e aposentados - também estão recorrendo ao Taobao para vender roupas, celulares, brinquedos e quase tudo mais que encontrem em lojas e mercados de atacado locais, ou até que consigam contrabandear para fora das fábricas.
Analistas de internet afirmam que esse florescente mercado - que lembra os dias iniciais do eBay, quando os norte-americanos começaram a esvaziar seus sótãos por meio de leilões online - fez do Taobao uma das mais procuradas empresas de internet da China.
Embora exista apenas seis anos, o Taobao (palavra chinesa que significa "procurar tesouros") já conta com 120 milhões de usuários registrados e 300 milhões de produtos em oferta. No ano passado, seus comerciantes movimentaram quase US$ 15 bilhões.
A empresa alega que as vendas de seu site já superam as de qualquer outro grupo chinês de varejo. E, dizem especialistas em internet, as vendas totais do grupo devem superar as da Amazon.com este ano, chegando na US$ 19 bilhões.
Yang, o vendedor online de cosméticos, se tornou um herói no campus de sua faculdade. Ele alugou dois armazéns, nos porões de dois conjuntos residenciais a alguns quilômetros da faculdade.
Em visita a um deles, lotado de caixas de filtro solar Neutrogena, grampos de cabelo, escovas de cabelo e uma ampla variedade de cosméticos, Yang afirma que os negócios não podiam ir melhor. "Em breve atingirei os US$ 150 mil mensais em vendas", ele disse, abrindo um largo sorriso.
Fonte: www.terra.com.br
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