sábado, agosto 29, 2009

Lançado "PC verde" que gasta menos energia


Computadores pessoais por assinatura não são novidade, e nunca foram idéia popular, mas Gregoire Gentil e Alain Rossmann acrescentaram um toque ecológico ao conceito. Neste trimestre, os dois começaram a vender um computador acionado por uma versão simplificada do sistema operacional Linux, ao preço de US$ 99 e mais uma taxa mensal de US$ 12,295. Eles dizem que a oferta é melhor do que parece porque o computador de 15 watts pode resultar em até US$ 10 de economia na conta mensal de eletricidade, se comparado a um computador normal, de 20 watts.

A empresa que eles criaram se chama Zonbu, e o computador Zonbu será vendido por meio do site www.zonbu.com. Os criadores da empresa dizem que a máquina representou a melhor certificação possível do Green Electronics Council, uma organização sem fins lucrativos que criou um padrão de classificação de produtos conhecido como Electronic Product Environmental Assessment Tool (Epeat, ou ferramenta de avaliação ambiental de produtos).
A designação tem por objetivo ajudar os consumidores a realizar escolhas informadas na compra de equipamentos de computação, e encorajar os fabricantes de eletrônicos a construir produtos que propiciem maior eficiência energética e exerçam menor impacto sobre o meio-ambiente.
A Zonbu anunciou que seu produto seria o primeiro computador de mesa a receber a classificação ouro. O computador tem o tamanho de uma caixa de charuto e usa um microprocessador da VIA Technologies, de Taiwan. A máquina vem equipada com quatro gigabytes de memória flash em lugar de um disco rígido, uma peça mecânica giratória que consome boa parte da energia de um computador pessoal. O computador tampouco está equipado com um ventilador, outro componente que usa muita energia.
O computador Zonbu também usa uma versão Gentoo do sistema operacional Linux, e virá equipada com diversos aplicativos, como o browser Mozilla Firefox, o serviço Skype de telefonia via Internet, o pacote de escritório OpenOffice e muitos jogos. Outros 25 gigabytes de espaço online gratuito para armazenagem estão disponíveis, e os usuários poderão adquirir mais espaço caso necessitem.
Gentil, presidente-executivo da empresa e engenheiro de computação formado pela Universidade Stanford, disse que a idéia para a empresa lhe ocorreu devido à frustração que sentia quanto à necessidade de prover extensa assistência técnica aos vários computadores de sua família, em Paris.
"O Windows o computador do meu pai travava toda hora", disse Gentil. Isso fez com que ele e Rossmann, ex-executivo da Apple que participou da criação de diversas empresas no Vale do Silício, decidissem estudar a possibilidade de criar um computador com jeito de eletrodoméstico, dirigido a consumidores com parco conhecimento de computação.
Os dois acreditam que seja possível vender o computador da mesma maneira que celulares são comercializados, com subsídio ao custo do hardware a ser compensado com base na taxa mensal de serviço.
"O mercado que procuramos é o do segundo computador doméstico", disse Gentil. "Se você quer uma máquina para as crianças ou a cozinha, a nossa é boa candidata".
A Zonbu tem sede em Menlo Park, Califórnia. O sistema vem sem teclado, mouse e monitor, que a empresa venderá como opcionais. O grupo planeja vender uma versão sem taxa de serviço, dirigida a criadores de software para o Linux, por US$ 250, para que eles criem mais aplicativos dirigidos ao Zonbu.
O sistema operacional Linux, no passado domínio dos entusiastas da computação, amadureceu a ponto de se tornar alternativa comercial viável ao Windows e ao Macintosh, disse Gentil.


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