terça-feira, agosto 18, 2009

EUA testam veículos não tripulados e robôs como soldados


Os soldados se agacharam sob o sol escaldante do deserto, aguardando para irromper num vilarejo de condições similares às encontradas no Iraque e Afeganistão. Mas, dessa vez, eles contavam com ajuda de alta-tecnologia, num exercício militar com a intenção de testar novos aparelhos, operados pelos próprios soldados, que podem diminuir o perigo dessas desgastantes missões no futuro.

Com o início do ataque simulado desta ampla base militar, os pequenos veículos teleguiados passaram a pairar pelas janelas das casas do vilarejo observando insurgentes reunidos.
Pequenos robôs - como o R2-D2 de Guerra nas Estrelas - atravessaram algumas das portas, transmitindo ao vivo a posição dos inimigos alarmados. Sensores eletrônicos instalados nas proximidades checavam as rotas de fuga. E uma bateria de mísseis de 1,8 m se mantinha em alerta à distância no deserto, para destruir veículos que tentassem chegar para ajudar os insurgentes.
"Quando estava no Iraque, nós não conseguíamos enxergar o que estávamos atacando", conta o especialista Randall Thompson, que opera os robôs. "Mas com este equipamento, podemos pelo menos dar uma olhada".
O exército tenta distanciar essa iniciativa relativamente pequena, que ainda enfrenta dificuldades técnicas, da sombra de um programa mais amplo recentemente cancelado, que criava uma força armada verdadeiramente moderna, com uma nova geração de veículos de combate e uma vasta rede de comunicação sem fio.
Fonte: www.terra.com.br
Embora os grandes equipamentos tenham voltado para a mesa de projetos, oficiais do exército afirmam que essas tecnologias menores podem em pouco tempo fazer diferença para soldados em missões de caçada a insurgentes, consideradas mais perigosas.
O novo equipamento, em desenvolvimento pela Boeing e outros fornecedores, tem estimativa de custo de quase US$ 2 bilhões para as primeiras sete brigadas. Cada uma tem ao menos três mil soldados, com previsão de que o equipamento esteja em campo daqui a cerca de dois anos. Até 2025, o exército planeja equipar e melhorar todas as suas 73 brigadas reservistas e em operação.
As mudanças são um exemplo de uma mudança nos contratos do Pentágono visando a melhorias graduais e a um maior uso de tecnologias comerciais. Como exemplo, a iRobot, empresa de Massachusetts que desenvolve robôs de usos domésticos e industriais, está construindo os robôs do exército.

Oficiais afirmam que os novos aparelhos ajudarão na transformação das mais básicas brigadas de infantaria, que carregaram nos ombros a maior parte dos combates de ambas as guerras, mesmo tendo menor proteção e poder de fogo que unidades blindadas.

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