sexta-feira, julho 03, 2009

Mundo virtual terá continente proibido para menores

O mundo virtual Second Life está ficando bem menos caliente para as pessoas que desejam usar seus recursos de simulação em 3D para experiências mais ingênuas, como assistir a aulas, participar de projetos de edifícios ou criar produtos virtuais. Já para aqueles que preferem mais erotismo, o Second Life está transferindo o conteúdo adulto a um novo continente, de acesso restrito, onde poderão continuar na farra sem preocupações.
A Linden Lab, a empresa que gere o Second Life, anunciou as mudanças na quarta-feira como parte de uma nova iniciativa cujo objetivo é permitir que os usuários personalizem mais o conteúdo do site. A reformulação será implementada a partir de junho. "A maneira pela qual as pessoas utilizam o Second Life se diversificou imensamente", disse o presidente-executivo da Linden Lab, Mark Kingdon.
Os usuários do Second Life, que já precisam ser maiores de idade para registro, poderão bloquear os retornos sobre conteúdo adulto em suas buscas, da mesma maneira que o Google permite filtragem de imagens ou textos com o recurso "SafeSearch", o qual bloqueia páginas de web que apresentem conteúdo sexual explícito.
Ao contrário do Google, porém, o Second Life permitirá que as pessoas procurem especificamente por itens reservados a adultos, com a exclusão de todas as demais categorias de resultados. Os proprietários de imóveis virtuais - as pessoas responsáveis pela operação dos espaços virtuais que constituem o Second Life - serão responsáveis por identificar devidamente o conteúdo adulto que esses espaços apresentem.
Ken Dreifach, diretor jurídico assistente da Linden Lab, disse que as novas ferramentas de busca oferecerão um incentivo substancial para que "as pessoas identifiquem devidamente as suas propriedades". A Linden Lab está implementando um sistema de classificação composto por três categorias, para todo o conteúdo do site - PG, ou seja, conteúdo acessível com orientação dos responsáveis, maduro e adulto.
Os usuários terão acesso automático a conteúdo classificado como maduro, mas precisarão de verificação adicional, além de uma simples declaração de idade, para provar que têm mais de 18 anos, antes que possam ganhar acesso ao conteúdo adulto e possivelmente erótico.
A empresa afirmou que tomará "muito cuidado" para que seus sistemas de busca não bloqueiem, na filtragem, termos como "câncer de mama", que podem ser vinculados acidentalmente ao conteúdo adulto. Kingdon afirmou não dispor de estatísticas precisas quanto ao número de usuários que utilizam o site para atividades adultas, mas acrescentou que se trata de uma minoria.
O Second Life, lançado em 2003, terminou obscurecido nos últimos anos pela ascensão de sites de redes sociais como o Facebook, MySpace e Twitter. Em março, o site contava com mais de um milhão de assinantes ativos, ante 544 mil no mesmo mês em 2008.

Fonte: www.terra.com.br

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