segunda-feira, julho 27, 2009

Estudo: terroristas podem usar internet para ataque nuclear

Após o susto provocado pelos ataques contra sites dos governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul no início deste mês, um novo estudo alerta para o risco de grupos terroristas utilizarem a internet para realizar um grande ataque nuclear.
O relatório, divulgado pela Comissão Internacional para Não-Proliferação Nuclear e Desarmamento (ICNND, na sigla em inglês), afirma que os sistemas de computadores e informações de muitos governos não estão protegidos o suficiente e que, dentro de determinadas circunstâncias, terroristas poderiam acessar estes sistemas e lançar um ataque nuclear de proporções mundiais.
O estudo, tema de um artigo publicado hoje pelo The Guardian, explica que os governos de diversos países que possuem tecnologia nuclear precisam melhorar a proteção dos seus sistemas de computadores e informações, a fim de evitar que uma guerra cibernética bem coordenada atinja níveis nucleares. "Esta é uma alternativa mais fácil para os grupos terroristas, ao invés de construírem ou comprarem armas nucleares, ou até mesmo se explodirem em ataques ao redor do mundo", alerta o relatório.
O autor do estudo, Jason Fritz, afirma que é remota a possibilidade de um grupo terrorista acessar diretamente um sistema de computadores governamental, mas alerta para diversas situações nas quais hackers insistentes poderiam utilizar informações técnicas de guerra para realizar ataques ou casos em que os criminosos poderiam alimentar redes governamentais com informações falsas ou espalhar notícias erradas, provocando situações como parte de algum golpe cuidadosamente planejado.
"Ciberterroristas podem provocar um ataque nuclear através de falsos alertas ou danificando redes de comunicação", afirma Fritz, alertando que estes sistemas não são tão protegidos quanto os sistemas que abrigam os dados nucleares.
Governos de muitos países começaram recentemente a investir em melhorias na defesa dos seus sistemas de computadores e informações depois de inúmeros incidentes nos quais hackers realizaram ataques em sites governamentais, como os ocorridos no último dia 4 de julho contra os Estados Unidos e a Coréia do Sul.
O estudo também alerta que, mesmo com o aumento da atenção dos governos para os riscos de ciberataques, o risco de um ataque inesperado continua alto. "Assim como o ataque de 11 de setembro foi um ataque sem precedentes com armas não-convencionais, assim também poderia ser um ciberataque"

Fonte: www.terra.com.br

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