quarta-feira, julho 01, 2009

Cientistas criam processador quântico rudimentar

Pesquisadores da universidade de Yale, nos Estados Unidos, anunciaram a criação do primeiro processador quântico de estado sólido, um passo importantíssimo que poderá levar à criação do primeiro computador quântico da história, e a uma verdadeira revolução no mundo da tecnologia.
Em um computador comum, a menor unidade de informação é o Bit, que pode ter dois valores: zero (desligado) ou um (ligado). Seu equivalente quântico é o Qubit (Quantum Bit), que tem um diferencial: pode assumir vários estados superpostos ao mesmo tempo, armazenando mais informação.
Um computador quântico fica exponencialmente mais poderoso a cada "Qubit" adicionado. Para se ter uma idéia de seu potencial, estima-se que mesmo máquinas simples poderiam ser capazes de quebrar, em questão de minutos, cifras criptográficas consideradas impenetráveis para os computadores atuais, já que os cálculos demorariam milhares de vezes mais que o tempo de vida de seus programadores.
Computadores quânticos são capazes deste feito ao tirar proveito da capacidade de superposição dos Qubits para testar todas as combinações possíveis ao mesmo tempo, enquanto nossas máquinas tem que testar cada combinação sequencialmente, uma a uma.
A equipe de Yale criou seu processador com dois Qubits compostos de bilhões de átomos de alumínio, agrupados de forma a funcionar como um átomo só. A chave do sucesso foi conseguir manter os Qubits estáveis por até um microssegundo, tempo suficiente para executar algoritmos simples de busca.
Tentativas anteriores só mantinham tal estabilidade por um nanosegundo, insuficiente para aplicação prática. Os cientistas também criaram um "barramento quântico" que usa fótons para transmitir rapidamente informações entre os Qubits.
Agora os pesquisadores trabalham em meios de aumentar o tempo de vida dos Qubits e modos de conectar mais deles a seu barramento. Apesar da descoberta, eles são cautelosos: "ainda estamos longe de criar um computador quântico prático, mas este é um grande passo à frente".

Fonte: www.terra.com.br

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