Ao longo dos anos os robôs têm se tornado parte obrigatória da vida cotidiana. À medida que nos acostumamos com os robôs que temos em casa - e até mesmo esquecemos que existem, novas máquinas mais inteligentes surgem para fazer tarefas mais complicadas.
Um robô pode ser definido, simplificadamente, como uma "máquina que automatiza o trabalho antes feito por humanos". Assim, uma batedeira, cafeteira ou lavadora de roupas é um robô. No início do século XX, máquinas como essas eram vistas como autômatos quase impossíveis de existir, mais ou menos como a maioria das pessoas considera os robôs de hoje.
Na concepção popular, um robô é apenas uma máquina que se move. Em geral, as pessoas ignoram que, para serem definidos como verdadeiros robôs, equipamentos assim precisam funcionar com alguma autonomia, garantida por inteligência artificial. Assim, uma máquina humanóide comandanda por controle remoto não é um robô, apesar de grande parte das pessoas acreditar que seja. Atualmente, o termo "robô" é exclusivo de máquinas com automação de alto nível, isto é, ele deve executar suas tarefas sem auxílio externo.
No mercado brasileiro já existe uma série de aparelhos capazes de desempenhar trabalhos domésticos praticamente sozinhos. A iRobot, empresa especializada em robôs para a casa, largou na frente e já possui uma linha de seis produtos para diferentes funções.
O Roomba, aparelho mais popular da empresa, é um robô que varre e aspira a casa sozinho. A máquina também se recarrega sozinha quando a bateria está fraca.
O engenheiro de computação e especialista em robótica Ricardo Araújo, 28 anos, professor da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, em Rio Grande (RS), comprou um Roomba há cerca de um ano e se diz satisfeito. "O aparelho aspira bem, mas não confio plenamente que vá dar conta de uma sala inteira sozinho. É excelente para limpar, por exemplo, algum resto de comida que caia no chão, mas ainda não substitui a faxineira", diz.
A autonomia dos robôs é uma questão que precisa ser melhorada. "Não é só ligar e pronto. Todos robôs domésticos ainda exigem algum tipo de intervenção humana. Já no sentido de não estragarem, acho que eles são tão confiáveis quanto um aparelho de TV. Então, não dá para entregar a vida nas mãos de um, mas é relativemente improvável que eles estraguem com freqüência", afirma Araújo.
Para o engenheiro, ainda deve levar pelo menos cinco anos para que essas máquinas dominem as residências mesmo em mercados avançados, como os Estados Unidos. Em países emergentes, como o Brasil, será necessário mais tempo. Por enquanto, os robôs, apesar de cada vez mais presentes ao nosso dia-a-dia, ainda não conseguem substituir completamente o trabalho humano.
A iRobot também fabrica o Scooba, para lavar pisos; o Dirt Dog, que limpa o chão de oficinas e garagens; o Verro, para o fundo da piscina, e o Looj, para sarjetas, além do recém lançado ConnectR, que interage com crianças e animais.
O ConnectR vem equipado com câmera de vídeo e alto-falante, e foi criado para pais poderem conversar com os filhos quando, por exemplo, estiverem viajando. O robô pode substituir uma pessoa em um jogo de tabuleiro ou apoiar um livro enquanto a mãe ou o pai lê para o filho antes de dormir. Além disso, verifica se o cachorro está bem cuidado e tem comida no prato.
Outra aplicação para os robôs domésticos é a segurança. Já existem máquinas como o Spykee, que se movimenta pela casa com sensores e câmeras acionados. Quando capta algum movimento diferente, pode soar um alarme, tirar fotos e mandar para o email do dono ou até telefonar para a polícia.
Quem deseja adquirir um robô doméstico ainda precisa desembolsar somas consideráveis. No Brasil, o Trilobite, da Electrolux, aspirador semelhante ao Roomba, sai por quase R$ 7 mil. Nos Estados Unidos, os robôs da iRobot custam, em média, de US$ 120 a US$ 500. É possível encomendar as máquinas da marca pelo site www.irobot.com.br. Mas prepare-se: a taxa de importação é de de 60%.
Fonte: www.terra.com.br
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