Oito por cento de todos os consumidores na Grã-Bretanha, França, Alemanha e nos Estados Unidos admitem fazer download ilegal de vídeos da Internet, segundo uma pesquisa, mostrando a escala do progresso do combate à pirataria.
Dois terços dos britânicos entrevistados frequentemente ou algumas vezes assistiram a TV, filmes e vídeos no computador ou notebook, e os consumidores norte-americanos não ficam atrás. Destes, 15 por cento o fizeram de forma ilícita, apontou a pesquisa da Futuresource Consulting.
"Essa ampla disponibilidade de conteúdo ilegal representa um grande obstáculo ao desenvolvimento de serviços de conteúdo online, e continua impactando pesadamente nas receitas, apesar das autoridades governamentais e da indústria repetirem tentativas de apertar o sistema", informou o relatório publicado nesta sexta-feira.
A maioria das companhias de mídia está tentando incentivar consumidores a pagar por vídeo, música e notícias online. Mas as tentativas para financiar conteúdo gratuito por meio da venda de anúncios publicitários são em grande parte fracassadas.
Governos ao redor do mundo estão tentando ajudar os fornecedores de mídia a combater a pirataria online. Os piores efeitos até agora aconteceram na indústria musical, que ainda se esforça para compensar um declínio contínuo na comercialização de CDs.
Nos Estados Unidos, uma mulher foi multada em quase 2 milhões de dólares nesta semana pelo compartilhamento ilegal de músicas.
A Câmara dos Deputados da França aprovou no mês passado um orçamento que permitirá às autoridades rastrear downloads ilegais na Internet e desconectar os que forem reincidentes.
Já o governo da Grã-Bretanha propôs um conjunto de medidas nesta semana para punir indivíduos que fazem download ilícito. As penas incluem desaceleração das conexões e um eventual bloqueio do acesso à rede.
Contudo, tais iniciativas são altamente controversas, já que o acesso à Internet é crescentemente percebido como algo próximo dos direitos humanos.
O levantamento descobriu que 90 por cento daqueles que assistem a vídeos online nunca pagaram para acessar notícias e programas de televisão. Mas maioria afirmou que estaria ou poderia estar disposta a pagar por conteúdo no futuro.
A Futuresource conduziu a pesquisa online com mais de 2.500 pessoas para produzir o relatório
Fonte: www.terra.com.br
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