Os adolescentes que enviam fotos de si mesmos sem roupas ou em poses sugestivas usando seus celulares estão sendo alertados de que essa prática, conhecida como "sexting", pode prejudicar seu futuro.
O governo do Estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, lançou uma campanha esta semana para combater a prática cada vez mais frequente, dizendo que essas imagens ou mensagens de texto sexualmente explícitas poderiam ser postadas na internet ou encaminhadas a terceiros, e que isso poderia resultar em assédio ou até mesmo crime sexual.
"Sexting", um trocadilho com o termo "texting" usado para a troca de mensagens de texto em celulares, se tornou uma preocupação para pais e escolas em diversos países, devido à proliferação de celulares equipados com câmeras e de sites de redes sociais. As imagens podem ser definidas como pornografia infantil, nos termos da lei.
"Os jovens muitas vezes não pensam nas consequências de seus atos. O que eles imaginam ser uma piada inocente ou flerte inofensivo pode prejudicá-los seriamente se cair nas mãos erradas", afirmou Linda Burney, ministra de Serviços Comunitários da Nova Gales do Sul, em comunicado.
"É assustador imaginar que quando essas imagens chegam à internet ou a um celular o mundo inteiro pode ter acesso a elas. E isso tornaria impossível recuperá-las e apagá-las. Elas seriam preservadas para sempre e podem prejudicar futuros relacionamentos e perspectivas de carreira", afirmou a ministra.
Segundo ela, o governo recebeu informações de que meninas de apenas 13 anos estavam enviando imagens sexualmente explícitas delas mesmas a namorados a partir de seus celulares. As imagens muitas vezes são repassadas a outros amigos e até a desconhecidos, quando os relacionamentos se encerram.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa no final do ano passado constatou que 20% dos adolescentes diziam ter enviado ou recebido fotos eróticas pelo celular, e 39% alegaram ter recebido ou enviado mensagens sexualmente sugestivas, de acordo com a National Campaign to Prevent Teen and Unplanned Pregnancy, que busca prevenir a gravidez na adolescência.
Fonte: www.terra.com.br
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