sexta-feira, maio 01, 2009

EUA abrem licitação para cérebro cibernético


A Darpa, órgão de pesquisa avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, abriu uma licitação cujo edital pede o desenvolvimento, por terceiros, de um modelo computacional que simule o cérebro humano. Segundo a Darpa, o modelo seria usado para simular a capacidade reconstrutiva do órgão.
A solicitação do modelo computacional foi publicada na edição do último sábado do FBO, uma espécie de "diário oficial", publicação para oportunidades de negócios com o governo. Na descrição o departamento especifica as características que o software deve possuir para imitar a capacidade do cérebro humano de se recuperar de lesões sofridas.
De acordo com o site The Register, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa dos Estados Unidos está procurando por quem possa desenvolver uma cópia cibernética de um cérebro humano, para pesquisas sobre a capacidade e os processos que se desenvolvem durante a reabilitação de um órgão lesionado.
A licitação foi publicada no último dia 25. O projeto é chamado de REPAIR (Reorganização e Plasticidade para Acelerar Recuperação de Lesões, na tradução em português). O departamento solicita, no edital, "novos métodos de análise e decodificação de sinais neurais de forma a compreender como a estimulação sensorial neural poderia ser aplicada para acelerar a recuperação de lesões cerebrais. Possivelmente, deseja-se o desenvolvimento de modelos de códigos neurais e padrões temporais que possam fornecer habilidade de interpretar e predizer mudanças na organização das células nervosas através de plasticidade em múltiplas escalas de medida." A publicação completa pode ser vista em tradução aproximada no atalho tinyurl.com/cqtle5.
O The Register mastiga as palavras da Darpa para dizer que o que a agência deseja é "algo que possa se aproximar do cérebro humano, mas que não seja um órgão borbulhante em um (copo de) Becker". Segundo suas palavras e de acordo com outro documento divulgado pela agência, primeiramente deseja-se um "sistema experimental para coletar atividade neural em um primata não-humano". Após o mapeamento do cérebro "primata não-humano" e duplicação desse em um sistema computacional, o seguinte passo seria colocar-se entre o órgão e seus sentidos, e talvez depositar uma mente real em um mundo virtual onde ela possa desenvolver atividades e se movimentar, diz o site.
Futuramente, poderia-se depositar verdadeira inteligência em máquinas ou robôs por exemplo, já que teria-se criado a interface de comunicação entre as partes, e o cérebro seria capaz de controlar seus movimentos "com a força do pensamento".

Fonte: www.terra.com.br

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