sábado, agosto 28, 2010

A ORIGEM DO PETRÓLEO


O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, com cheiro característico, e em geral, menos denso que a água e com cor variando entre o negro e o castanho escuro. Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje se tem como certa a sua origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio.

Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e outros, causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias.

Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é o petróleo.

Ao contrário do que se pensa o petróleo não permanece na rocha que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar. Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários.

O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros rochosos como forma lagos. Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

ANP E PETROBRAS DIVERGEM SOBRE PREÇO DO BARRIL


A última semana começou com o pronunciamento do ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, na terça feira, dia 17, comunicando que a data da capitalização da Petrobras estava definida para 30 de setembro. A decisão veio após reuniões conduzidas pelo presidente Lula. Segundo Zimmermann, o primeiro passo para a capitalização seria a definição, por parte da União, do preço dos até cinco bilhões de barris de petróleo da camada do pré-sal da Bacia de Santos a serem explorados pela Petrobras e isso precisaria ser feito até o final deste mês.

Na quarta-feira, dia 18, a equipe econômica do Ministério da Fazenda se mostrou insatisfeita com a data definida para a capitalização, tentando, sem sucesso, adiá-la. A equipe considerou o cronograma ”superapertado”, devido à indefinição do valor do barril e à diferença entre as avaliações das certificadoras que mapearam o valor das reservas que serão cedidas pela União à estatal. A capitalização se torna mais complicada porque União e Petrobras têm interesses distintos quanto ao valor do barril. Em relação a cessão onerosa (a Petrobras terá que pagar à União pelos barris que receber), o interesse da estatal é que a cotação seja a mais baixa possível, e da União o mais alto, aumentando assim, seu poder de fogo na capitalização.

Na quinta, dia 19, a certificadora contratada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou sua avaliação sobre o preço do barril a ser repassado à Petrobras. O valor ficou entre US$ 10 e US$ 12, bem superior à avaliação contratada pela estatal, que registrou entre US$ 5 e US$ 6 por barril. Diante das incertezas, uma divisão de opiniões se instalou no governo sobre manter o cronograma de capitalização da Petrobras, com conclusão para o fim de setembro. O presidente Lula teria chegado a confidenciar a auxiliares que se não estiver convencido da rentabilidade máxima do negócio para o Tesouro, seria melhor adiá-lo para depois da eleição.

Fechando a semana, técnicos do governo se reuniram no Rio de Janeiro para tentar chegar a um consenso sobre o valor do barril do pré-sal, já que o governo não quer recorrer a uma arbitragem internacional para resolver a divergência entre Petrobras e ANP. A palavra final caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que se reúne ainda neste mês e as demais dúvidas sobre o contrato serão arbitradas pela Advocacia Geral da União (AGU).

US$ 224 bilhões até 2014

Na quarta-feira, dia 18, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, em teleconferência com analistas, revelou que a estatal deve perfurar até o fim do ano mais seis poços na área do pré-sal, chegando a 16 na região. No dia seguinte, confirmando a expansão da exploração na camada, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que até 2014 o Brasil deverá investir US$ 224 bilhões na exploração do petróleo na camada do pré-sal. A previsão é passar da produção mensal atual de 2 milhões de barris para 5 milhões.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

ONIP LANÇA AGENDA COM PROPOSTAS PARA A CADEIA OFFSHORE


A discussão sobre os desafios referentes à exploração das reservas do pré-sal é recorrente para o setor de petróleo. Porém, o campo para desenvolvimento da cadeia produtiva offshore é grande e, baseado nessa premissa, a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), lançou, no último dia 16, uma cartilha apresentando soluções para os gargalos que podem barrar a expansão do setor. Intitulado “Agenda de Competitividade da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás Offshore no Brasil”, o estudo traz dez propostas e 63 ações.

O trabalho que foi elaborado pela consultoria internacional Booz & Company, durou seis meses e contou com duas pesquisas de campo com empresas do setor realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Mapear. O estudo projeta investimentos de US$ 400 bilhões na área de exploração offshore – pós e pré- sal - nos próximos dez anos e aproveita esse cenário para traçar os obstáculos ao desenvolvimento desse setor. Em seguida, a Agenda oferece propostas para que essas barreiras não prejudiquem o cenário otimista da próxima década.

São dez as propostas da Onip, presentes no estudo: Gerar e disseminar conhecimento e inovação ao longo da cadeia; incrementar a produtividade e aprimorar processos da produção local; fortalecer atividades industriais em três a cinco polos produtivos; estimular a formação de centros de excelência tecnológica nos polos produtivos; simplificar e aumentar a transparência das políticas de conteúdo nacional; fortalecer o sistema empresarial nacional e sua atuação internacional; atrair tecnologia e investimento de empresas internacionais; garantir isonomia tributária, técnica e comercial entre competidores externos e locais; estabelecer condições de financiamento e garantias competitivas internacionalmente; acessar matéria-prima, insumos e infraestrutura em condições competitivas.

Em entrevista ao Nicomex Notícias, o superintendente da Onip, Bruno Musso afirma que o próximo passo, agora, seria a construção de uma política industrial para o setor. “Este estudo é uma contribuição do sistema empresarial nacional à PDP do Petróleo (Política de Desenvolvimento Produtivo), sob a coordenação do BNDES. Uma eventual política para o setor deveria incorporar, total ou parcialmente, as propostas apresentadas ao final do documento”, explica Bruno, antes de frisar que não vê como pode haver crescimento da indústria local sem que estas propostas sejam consideradas e, de preferência, implantadas.

Alavancagem do número de empregos no setor

A geração de empregos é um dos grandes destaques do estudo encomendado pela Onip. Segundo dados da agenda de competitividade, caso as propostas sejam implementadas, as estimativas apontam para a criação de 2,110 milhões a 2,5 milhões de postos de trabalho em 2020. Entretanto, num cenário onde não sejam aplicadas as dez políticas citadas no estudo, esse número diminuiria consideravelmente, para uma escala entre 630 mil e 860 mil empregos em 2020. “O objetivo maior é o fortalecimento do sistema empresarial nacional e para isso, é preciso alcançar níveis crescente de competitividade. Se fizermos o dever de casa bem feito, o setor tem condições de alavancar em torno de 2 milhões de empregos para o País”, ressalta o superintendente da Onip.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/