sábado, agosto 28, 2010

ONIP LANÇA AGENDA COM PROPOSTAS PARA A CADEIA OFFSHORE


A discussão sobre os desafios referentes à exploração das reservas do pré-sal é recorrente para o setor de petróleo. Porém, o campo para desenvolvimento da cadeia produtiva offshore é grande e, baseado nessa premissa, a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), lançou, no último dia 16, uma cartilha apresentando soluções para os gargalos que podem barrar a expansão do setor. Intitulado “Agenda de Competitividade da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás Offshore no Brasil”, o estudo traz dez propostas e 63 ações.

O trabalho que foi elaborado pela consultoria internacional Booz & Company, durou seis meses e contou com duas pesquisas de campo com empresas do setor realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Mapear. O estudo projeta investimentos de US$ 400 bilhões na área de exploração offshore – pós e pré- sal - nos próximos dez anos e aproveita esse cenário para traçar os obstáculos ao desenvolvimento desse setor. Em seguida, a Agenda oferece propostas para que essas barreiras não prejudiquem o cenário otimista da próxima década.

São dez as propostas da Onip, presentes no estudo: Gerar e disseminar conhecimento e inovação ao longo da cadeia; incrementar a produtividade e aprimorar processos da produção local; fortalecer atividades industriais em três a cinco polos produtivos; estimular a formação de centros de excelência tecnológica nos polos produtivos; simplificar e aumentar a transparência das políticas de conteúdo nacional; fortalecer o sistema empresarial nacional e sua atuação internacional; atrair tecnologia e investimento de empresas internacionais; garantir isonomia tributária, técnica e comercial entre competidores externos e locais; estabelecer condições de financiamento e garantias competitivas internacionalmente; acessar matéria-prima, insumos e infraestrutura em condições competitivas.

Em entrevista ao Nicomex Notícias, o superintendente da Onip, Bruno Musso afirma que o próximo passo, agora, seria a construção de uma política industrial para o setor. “Este estudo é uma contribuição do sistema empresarial nacional à PDP do Petróleo (Política de Desenvolvimento Produtivo), sob a coordenação do BNDES. Uma eventual política para o setor deveria incorporar, total ou parcialmente, as propostas apresentadas ao final do documento”, explica Bruno, antes de frisar que não vê como pode haver crescimento da indústria local sem que estas propostas sejam consideradas e, de preferência, implantadas.

Alavancagem do número de empregos no setor

A geração de empregos é um dos grandes destaques do estudo encomendado pela Onip. Segundo dados da agenda de competitividade, caso as propostas sejam implementadas, as estimativas apontam para a criação de 2,110 milhões a 2,5 milhões de postos de trabalho em 2020. Entretanto, num cenário onde não sejam aplicadas as dez políticas citadas no estudo, esse número diminuiria consideravelmente, para uma escala entre 630 mil e 860 mil empregos em 2020. “O objetivo maior é o fortalecimento do sistema empresarial nacional e para isso, é preciso alcançar níveis crescente de competitividade. Se fizermos o dever de casa bem feito, o setor tem condições de alavancar em torno de 2 milhões de empregos para o País”, ressalta o superintendente da Onip.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

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