terça-feira, maio 18, 2010

Digitalização pode amenizar perda no Butantã


Biblioteca do Instituto Butantã


SÃO PAULO - Cópias digitalizadas de documentos, livros e projetos científicos podem tornar menor as perdas provocadas pelo incêndio que atingiu um galpão do Instituto Butantã, em São Paulo, no último sábado.

Porém ainda não é possível afirmar se os arquivos poderão ser recuperados. O calor e a fumaça podem ter danificado os HDs onde os dados estavam armazenados. A assessoria de imprensa do órgão diz que só será possível fazer uma estimativa dos danos após a divulgação da perícia técnica realizada pela Polícia Civil. A assessoria não soube precisar sobre a existência de backups dos dados.
Os registros em papel que estavam no galpão foram consumidos pelas chamas, que também destruíram cerca de 450 mil aranhas e 85 mil cobras conservadas em formol. A coleção de répteis havia sido iniciada há 120 anos.

Durante o incêndio, a temperatura chegou a 1.200º. O fogo começou por volta das 7h30 e só foi controlado às 19h.

O acidente não interfere na produção de vacinas e do soro antiofídico realizado pelo órgão.




Fonte: http://info.abril.com.br/

Celular não está ligado a câncer no cérebro


SÃO PAULO – O uso de aparelhos celulares não está ligado ao aumento de incidência de tumores malignos no cérebro.


Esta é a conclusão do maior estudo já realizado sobre telefones móveis e câncer cerebral divulgado hoje e que será publicado na quinta-feira no International Journal of Epidemiology.
O Interphone foi realizado em 13 países e coordenado pela Agência Internacional para Pesquisas sobre o Câncer (IARC). Ele analisou 2,708 casos de glioma (que ocorre no tecido cerebral) e 2,409 de meningioma (que ocorre na membrana que recobre o órgão)durante um período de 10 anos.

Entre outros, o estudo teve financiamento da Associação Internacional dos Fabricantes de Equipamentos de Telecomunicações (MMF), a associação GSM, a Comissão Européia.

A conclusão dos pesquisadores foi a de que, “em geral, nenhum aumento no risco de gliomas ou meningiomas foi observado com o uso de telefones móveis”. Houve, no entanto, sugestões sobre um aumento do risco de glioma nos níveis mais altos de exposição - mas a existência de erros e problemas de resposta por parte dos pacientes pode impedir uma interpretação causal.

“Isso porque os casos de câncer que poderiam ser relacionados ao uso de celulares eram muito poucos – e havia ainda uma distorção de memória”, diz Aderbal Bonturi Pereira, diretor do MMF para a América Latina. Ele explica que esse tipo de pesquisa é muito delicada pois, uma vez que não é possível realizar testes de resistência em humanos, ela usa como fonte a resposta dos pacientes. “Por exemplo, imagina perguntar para alguém que tem câncer na cabeça se usa celular e de qual lado sempre usou? É uma pergunta que leva a uma resposta tendenciosa”, diz.
Os resultados do projeto INTERPHONE agora necessitam ser analisados por autoridades independentes da área de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros grupos de especialistas para avaliar a sua significância, se houver, para a saúde das pessoas.
No entanto, Pereira lembra que em estudos anteriores a própria OMS já chegou á conclusão de que o uso de celulares não representa nenhum risco - desde que observados os limites. “Para estabelecer esse limite foi levado em consideração uma margem de segurança de 50 vezes. O limite não pode exceder 2 watts por quilograma, para celulares”, diz.

“As pessoas podem ficar traquilas porque existem normas seguidas e uma base científica muito ampla – que inclusive alguns produtos nem tem. Já existem mais pesquisas feitas com celulares do que com detergentes, por exemplo. Só que, quando o se trata de radiofreqüência, a opinião pública é grande”.




Fonte: http://info.abril.com.br/

Santanna promete baratear banda larga

BRASÍLIA - Resgatada para instaurar o Plano Nacional da Banda Larga (PNBL), a Telebrás deve voltar à ativa nos próximos dois meses, prevê o presidente da estatal, Rogério Santanna. Ex-secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Santanna diz, em entrevista ao site EXAME, que apostaria nos papeis da Telebrás e rebate as críticas de que a banda larga do governo seria lenta.

Exame - Quais as oportunidades que o senhor enxerga na nova fase da Telebrás?
Rogério Santanna - Nós temos a oportunidade de resgatar um atraso da penetração da banda larga. Hoje a banda larga no Brasil é essencialmente concentrada nas regiões urbanas, nos bairros mais ricos das cidades. O pacote médio de entrada na banda larga é de R$ 96 e nós queremos que esse valor caia para R$ 35. E ainda oferecer uma velocidade pelo menos aceitável para utilizar as aplicações de hoje. À medida que as aplicações demandem mais velocidade, nós também temos que elevar a velocidade e acompanhar a exigência de uma boa utilização para os principais serviços oferecidos hoje pela internet.

Exame - Já existe uma projeção de quanto será a velocidade média da internet oferecida pelo Plano Nacional da Banda Larga?

Rogério Santanna - Nós modelamos um acesso com a velocidade entre 512 e 794 Kbps com a pretensão de que, dado esse preço, a velocidade a cada ano cresça mais 10%. O que quer dizer que a cada ano fica mais barato comprar a mesma velocidade. Nós vamos oferecer mais velocidade pelo mesmo preço, de forma que em 2014 o plano possa estar oferecendo 2 Mb por esses mesmo R$ 35.

Exame - Alguns especialistas têm apontado que a banda larga do governo não é, de fato, banda larga já estará na faixa de um terço da velocidade considerada banda larga pelos padrões internacionais (1,5 Mb). Como o governo se posiciona nessa questão?

Rogério Santanna - O complicado é lançar a infraestrutura da conexão da linha principal até a cidade e esta é uma estrutura que falta no mundo inteiro. É caro fazer essa montagem. Depois, aumentar a velocidade é questão de demanda, se há mais demanda, não há problema. E o que o Governo Federal propôs é oferecer um pacote de entrada mais barato, não um limitador de velocidade. O pacote de entrada hoje, de 256 Kbps, custa R$ 65. E se os que estão reclamando disso estão falando a verdade, o Brasil não tem banda larga porque só 1% das conexões são acima de 8 Mb e 34% das conexões são até 256 Kbps. Portanto, a população brasileira que contrata internet hoje não conhece banda larga, porque de fato não temos. O plano evita definir o que é uma conexão rápida porque ela muda com o tempo em função dos aumentos das aplicações. E esse é um pacote de entrada, não é um pacote máximo ou um pacote médio a ser oferecido. Isso significa que o brasileiro que tiver menos dinheiro vai poder contratar essa velocidade por R$ 35, mas quem tiver mais dinheiro vai poder contratar velocidades muito mais altas, por um preço muito mais baixo do que o praticado hoje.




Fonte: http://info.abril.com.br/