quinta-feira, setembro 10, 2009

Telas flexíveis ficam mais próximas da realidade


A idéia de um celular ou outro aparelho eletrônico com tela flexível, que possa ser enrolada como uma folha de papel, pode estar mais perto da realidade depois que o Flexible Display Center da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, e a Universal Display Corporation anunciaram uma descoberta que pode simplificar o processo e, conseqüentemente, reduzir o custo de produção de telas flexíveis.

Os meios para produzir estas telas, baseadas na tecnologia de LED orgânico (OLED), já existem e foram demonstrados por empresas como a Sony e a Samsung, mas ainda são caros. O problema é que até o momento só é possível produzir telas muito pequenas, de no máximo quatro polegadas, e com custo altíssimo, o que as confina a laboratórios ou vitrines blindadas em eventos lotados de jornalistas.
Esta nova tecnologia desenvolvida pelo Flexible Display Center e pela Universal Display pode tornar a produção de telas flexíveis mais "amigável" às indústrias.
A descoberta está relacionada ao meio usado para prender os LEDs no filme plástico flexível empregado como substrato. Essa é a parte mais complicada do processo. Funciona como aquelas tatuagens de decalque que vinham em chicletes, mas ao contrário: a matriz de LEDs é montada sobre uma base de vidro. O substrato plástico é, então, aplicado sobre a matriz. Os LEDs "grudam" no substrato e a partir daí basta descolá-lo da base de vidro.
O resultado é uma tela de 4.1 polegadas com resolução QVGA (320 × 240 pixels) pronta para o uso. Pela complexidade, o processo industrial ainda precisa ser refinado para permitir produção em larga escala, mas já é um avanço grande se comparado ao que se tinha até então.
Além do problema de produção, a tecnologia apresenta ainda outro inconveniente. A grande vantagem do Flexible Display Center e da Universal Display é usar a tecnologia PHOLED (LED Orgânico Fosforecente) em suas telas, o que converte até 100% da energia elétrica em energia luminosa, em vez dos 25% da tecnologia OLED convencional. Entretanto, como os LEDs são monocromáticos, emitindo luz verde fluorescente sobre fundo preto, o resultado lembra muito os antigos monitores de fósforo verde.
Por isso, segundo as empresas, pelo penos por enquanto sua tecnologia deve ser usada principalmente em aplicações militares e industriais, que têm durabilidade e baixo consumo como requisitos básicos. Ainda não há data prevista para comercialização.



Fonte: http://www.terra.com.br/

Tipo difuso de iluminação por LED intriga projetistas


As lâmpadas de LED, com seu consumo minúsculo de energia e durabilidade de 20 anos, conquistaram a imaginação dos consumidores. Mas uma tecnologia ainda mais nova está intrigando os projetistas de iluminação do planeta: os OLEDs, ou diodos orgânicos emissores de luz, que criam iluminação duradoura e eficiente em ampla variedade de cores, assim como os seus primos na família dos LEDs, que são inorgânicos.

Mas ao contrário dos LEDs, que oferecem pontos de luz como os das lâmpadas incandescentes comuns, os OLEDs criam luz difusa e uniforme em superfícies de material ultrafino, que um dia se tornarão flexíveis.
Ingo Maurer, um projetista de iluminação, utilizou 10 paineis de OLEDs em uma luminária de mesa em forma de árvore. Ela é a primeira de seu tipo, e está à venda por US$ 10 mil. Mas Maurer já imaginou outros usos. "Pode-se criar uma parede divisória com paineis OLED; seria altamente decorativa e poderia ser combinada a fontes pontuais de luz", disse.
Outros projetistas já imaginaram usar OLEDs em paineis de teto ou em venezianas, de modo a gerar uma impressão de sol em uma sala mesmo depois do escurecer.
Hoje, telas de OLEDs estão em uso em alguns celulares, como o Samsung Impression, e em pequenos e caros televisores ultrafinos da Sony e, em breve, da LG. (O único televisor OLED da Sony, com tela de 11 polegadas, custa US$ 2,5 mil.) As telas OLED geram imagens de alta resolução e oferecem ângulos de visão mais largos que o do LCD.
Em 2008, sete milhões do bilhão de celulares vendido no planeta usavam telas OLED, estima Jennifer Colegrove, analista da DisplaySearch. Ela prevê que, no ano que vem, o número aumentará em mais de 700%, para 50 milhões de aparelhos.
Mas a iluminação em OLED pode representar o mais promissor dos mercados. Em prazo de um ano, fabricantes esperam vender as primeiras placas OLED que no futuro serão usadas para iluminar espaços comerciais e residenciais. Elas um dia atingirão eficiência energética e durabilidade semelhante à dos LEDs convencionais, afirmam.
Por conta da luz difusa e regular que os OLEDs emitem, devem suplementar e não substituir outras tecnologias eficientes do ponto energético, como LEDs, lâmpadas fluorescentes compactas ou lâmpadas incandescentes avançadas que criam luz a partir de um único e pequeno ponto.
O uso da tecnologia pode ser inicialmente limitado, de acordo com os projetistas, e não apenas em função dos altos preços. "A iluminação OLED é regular e monótona", diz Maurer, que tem estúdios de iluminação em Munique e Nova York". "Não é dramática, e desconsidera o lado espiritual".
"A iluminação OLED é quase irreal", diz Hannes Koch, fundador da rAndom International, uma empresa de design de produtos. "Ela mudará a qualidade da luz em espaços públicos e privados".
A empresa de Koch recentemente foi contratada pela Philips a fim de criar o protótipo de uma parede de luz OLED com seções que se acendam em resposta a movimento.
Porque os paineis de OLED podem ser tão flexíveis, as empresas de iluminação imaginam folhas de iluminação que poderão ser enroladas em torno de colunas. (A General Electric criou uma árvore de Natal envolta em paineis OLED, como experiência.) O OLED também pode ser incorporado a janelas de vidro; quase transparente com a luz apagada, o vidro se tornaria opaco com ela acesa.

Fonte: www.terra.com.br

TV investe em aplicativos seguindo modelo da Apple

O ramo de TV a cabo e via satélite inveja um bocado o iPhone. A Apple foi capaz de popularizar seu celular em meio a muita concorrência fornecendo ou vendendo aplicativos especializados que tornam o aparelho mais útil. Até agora, desenvolvedores independentes já criaram mais de 65 mil aplicativos.
DirecTV e o serviço FiOS da Verizon Communications recentemente anunciaram lojas de aplicativo seguindo explicitamente o modelo da App Store da Apple. Apenas alguns aplicativos apareceram até agora, mas esses poucos - versos da Bíblia, atualizações do Facebook e informações sobre equipes esportivas - sugerem que as pessoas podem não estar satisfeitas em apenas ficar sentadas enquanto assistem à TV, preferindo se debruçar, interagir e personalizar suas televisões.
A maioria das demais companhias de TV a cabo, satélite e telefone também está desenvolvendo tecnologia que irá permitir que seus conversores possam rodar aplicativos mais complexos, incluindo os criados por desenvolvedores externos. Mas as companhias ainda debatem sobre o nível de abertura a desenvolvedores externos que desejam para seus sistemas, sobre qual modelo de negócio adotar para os desenvolvedores e sobre o que as pessoas querem fazer enquanto assistem à TV de seus sofás.
Os sistemas de TV, afinal, são há tempos rigidamente controlados por suas operadoras, que enviam esquadrões de advogados para negociar acordos mesmo com os canais mais desconhecidos. Para eles, a perspectiva de imitar a dispersa loja da Apple é assustador, mas ainda assim, cada vez mais atraente.
"A beleza do iPhone é que existem muitos aplicativos que a Apple não imaginaria que as pessoas desejassem", disse Sree Kotay, arquiteto-chefe de software da Comcast. "Queremos que as pessoas se envolvam com a televisão de maneiras que ainda não concebemos."
A ideia de aplicativos vai além da televisão interativa. Já há alguns anos, muitos clientes de TV a cabo e via satélite conseguem obter notícias, previsões do tempo e placares de esportes através de seus conversores. Alguns deles também mostram mensagens durante comerciais pedindo que os telespectadores usem seus controles remotos para obter mais informações na tela.
Mas muito pouco dessa interatividade envolveu de fato os consumidores, levando muitos do setor a concluir que tudo que a maioria das pessoas queria fazer com sua TV era assisti-la.
Com as pessoas se acostumando a interações eletrônicas sofisticadas, não apenas em telas de computador, mas em aparelhos usados o dia inteiro - painéis de carro, câmeras e especialmente celulares -, o setor está reavaliando essa teoria. Embora os espectadores permaneçam passivos na maior parte do tempo, eles querem cada vez mais que as capacidades e informações das quais passaram a depender em um aparelho com tela sejam disponibilizadas em todas as outras telas usadas todos os dias.
No serviço FiOS, o aplicativo do Facebook permite que as pessoas vejam fotos compartilhadas com amigos nas telas de seus televisores. O aplicativo do Twitter mostra no lado direito da tela um fluxo de tweets sobre o programa sendo assistido. "Os programas ficaram mais divertidos de serem assistidos porque acontece toda uma conversa", disse Shadman Zafar, vice-presidente sênior de desenvolvimento de produto. "Para esportes, é como trazer as conversas de bar para dentro de casa."
O serviço do Twitter foi um sucesso, com mais de um milhão de consumidores do FiOS usando o aplicativo durante os primeiros três dias. Mas Zafar acreditou equivocadamente que as pessoas quisessem ler tweets na TV e usar seus computadores para enviá-los. "Não permitimos que as pessoas enviassem tweets de seus controles remotos", ele disse. "Pensamos que as pessoas, em grande parte, queriam apenas relaxar e ver o que os outros estavam dizendo. Quatro horas após o produto ter ido ao vivo, recebemos centenas de pedidos, 'agora posso mandar um tweet da TV?'"
Em dois dias, a Verizon acrescentou esse atributo; os usuários escreviam mensagens pelo teclado numérico do controle remoto como se estivessem enviando uma mensagem de texto por um celular.
Outra lição aprendida: um dos maiores impedimentos ao acréscimo de mais atributos a televisores é o controle remoto. É difícil digitar textos ou até mesmo transitar rapidamente em menus complexos. Por isso, o setor de TV a cabo teria que redesenhar e substituir controles remotos e conversores antigos, com memória e capacidades de processamento limitadas, em dezenas de milhares de residências.
"O conversor de TV mais antigo equivale a um Mac II de 1991", disse Kotay, da Comcast. Mesmo modelos recentes mal são capazes de lidar com as tarefas interativas que os desenvolvedores já começam a imaginar, especialmente a combinação de texto, elementos gráficos e vídeo vindos de canais a cabo e da internet. E a próxima geração irá ainda mais além.
Por exemplo, um conversor que a Echostar planeja introduzir este ano terá um navegador de internet completo capaz de rodar vídeos de quase todos os sites da web.

Fonte: www.terra.com.br