quarta-feira, agosto 05, 2009

Governo prevê regulamentar Registro de Identidade Civil (RIC) em setembro



O primeiro painel da Etapa São Paulo do 7o Fórum de Certificação Digital (CertForum), realizado nesta terça-feira, 04/08, reuniu autoridades em identificação digital para falar sobre o novo modelo de identidade pessoal a ser adotado no Brasil. Batizado de RIC, sigla para Registro de Identidade Civil, o documento utilizará tecnologias de biometria e de chips para guardar todos os dados civis dos cidadãos brasileiros.
Criado com o objetivo de facilitar conferências, confirmar identidades pessoais e, principalmente, extinguir - ou ao menos dificultar e reduzir - as fraudes e crimes de identidade, o projeto RIC atualmente depende apenas da regulamentação da lei pelo Governo Federal. “Esta regulamentação é esperada para o fim de setembro”, afirma Célio Ribeiro, presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID).
Segundo ele, o RIC nada mais é do que a evolução natural dos documentos de identificação pessoal. “O processo de identificação de uma pessoa continua o mesmo, com a vantagem de poder ser feito também no universo virtual”, afirma Ribeiro. “Trocamos o papel por um material mais resistente e acrescentamos a ele chips e tecnologia de biometria para impedir o roubo de identidade”, detalha o executivo da Abrid.
Em 2004, o Governo Federal investiu US$ 35 milhões na aquisição do Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais. Além disso, o Brasil já conta com uma federação de identidade e convergência de padrões, que é a ICP-Brasil. “Nós já temos as tecnologias para unificar os documentos digitais de identidade. O ICP-Brasil é o RIC”, afirma Francimara Viotti, gerente executiva de gestão de segurança do Banco do Brasil. “Falta uma política nacional para a gestão dos dados”, observa a especialista.
O RIC trabalhará exclusivamente com a tecnologia de impressão digital, de acordo com o diretor do INI. “Não consideramos a hipótese de usar outras biometrias, já que a impressão digital é 100% segura e mais barata do queas demais”, explica Marcos Elias de Araújo, diretor do Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal. Além da identificação por impressão digital, o RIC trará um chip em que ficarão armazenadas todas as informações do cidadão. A idéia é ter um documento único para a identificação civil. Serão gravados ali dados como número de documentos - RG, CPF, título de eleitor, número de PIS/PASEP, dados da carteira de habilitação e de trabalho,além de características como cor da pele e dos olhos.
Para evitar que dados desnecessários sejam armaenados pelas instituições que utilizarão o RIC de seus clientes, será possível atribuir ao cartão múltiplos atributos, de modo que se o cidadão precisa do RIC para entrar na empresa, o atributo profissional, por exemplo, apresentará apenas os dados necessários para isso. O mesmo vai para o seu uso no banco, conforme exemplifica Francimara - a pessoa no banco não precisa de todas as informações armazenadas no RIC, assim como o caixa do supermercado não precisa do número do meu título de eleitor, explica Francimara.
Araújo revela que o projeto do RIC conta com o forte apoio do Tribunal Superior Eleitoral, que entre março e agosto deste anos já recadastrou 3% dos eleitores brasileiros sobre esse sistema unificado. Segundo Araújo, a meta é ter 2 milhões de brasileiros recadastrados até o fim deste ano. Em 2010, a previsão é que esse número chegue a 8 milhões e passe a 20 milhões em 2011. “Uma vez solucionada a questão da regulamentação do RIC pelo Governo Federal, teremos um prazo de nove anos para o recadastramento dos cidadãos brasileiros”, afirma Araújo. Nesse período, segundo o diretor do INI, o uso do RIC é facultativo e a identidade atual continua aceita. Até 2017, o Ministério da Justiça, responsável pela emissão do novo documento, planeja que 150 milhões de brasileiros façam parte do RIC. “Transcorrido esse período, o uso do documento único deve se tornar obrigatório”, destaca Araújo.
Os cidadãos que se recadastrarem junto ao TSE, por exemplo, não precisarão fazê-lo novamente para obter o RIC. Francimara destaca que esta é uma das vantagens da nova identidade, que também evitará a necessidade de múltiplas credenciais por usuários e convergirá os padrões dos diversos documentos utilzados hoje em dia. A executiva afirma que o Banco do Brasil dá total apoio ao ICP-Brasil e diz que a instituição aposta no documento único e no estabelecimento de um banco de dados centralizado para colocar um fim nas fraudes de identidade. Segundo ela, 80% dos casos de clonagem de cartões ocorrem nos ATMs.
Com o RIC, será virtualmente impossível que o cidadão tenha mas de uma identidade (hoje, no Brasil, cada Estado da federação possui um sistema independente para a emissão de RGs. E isso permite, por exmplo, qur o mesmo indivíduo possua até 27 diferentes identidades. Embora o RIC ainda não esteja regulamentado pelo Governo Federal, cidadão brasileiros já podem realizar seu cadastro unificado junto a órgãos governamentais, como o Tribunal Superior Eleitoral.

Fonte: www.terra.com.br

Trojans continuam sendo principal ameaça aos computadores

Os vírus trojans continuam sendo uma das principais ameaças à segurança dos computadores, conforme uma classificação divulgada nesta segunda-feira pela empresa de segurança BitDefender. Cinco das dez ameaças citadas no ranking Top10 de Ameaças Eletrônicas são Trojans, categoria que pelo segundo mês consecutivo é a mais representada na lista divulgada todos os meses.
A novidade na classificação é o Worm.Autorun.VHG, que ocupa a décima posição na lista e explora o bug do Autorun no Windows. Ganhando popularidade, o Exploit.PDF-JS.Gen garante a nona posição do ranking de julho. O malware é um exploit que utiliza das vulnerabilidades de algumas versões do Adobe PDF Reader que possuem Javascript embutido.
O Exploit.SWF.Gen, um dos mais antigo bugs que se tem notícia, ainda está ativo na internet, ocupando o sexto lugar. Sua popularidade se deve ao fato de que a Adobe distribuía as versões antigas via web e o usuário só precisava fazer a atualização automática (que é opcional) para os patches de segurança necessários.
Em quarto lugar está o Downadup.Gen, também conhecido como Conficker ou Kido. O Downadup.Gen teve um crescimento nas infecções neste mês, passou de 3.33% para 4.15%.
O Trojan.Wimad parou na posição 3, aumentando ligeiramente de 5.60% para 6.16% de infecções no mês de julho. Enquanto o Trojan.AutorunINF.Gen permaneceu na segunda posição com nenhuma variação percentual.
Finalmente, o Trojan.Clicker.CM continua na primeira posição, aumentando de 10.13% para 11.41% de infecções em julho.
Confira abaixo a classificação divulgada pela BitDefender:
1 - Trojan.Clicker.CM2 - Trojan.AutorunINF.Gen3 - Trojan.Wimad.Gen.14 - Win32.Worm.Downadup.Gen5 - Win32.Sality.OG6 - Exploit.SWF.Gen7 - Trojan.Autorun.AET8 - Trojan.JS.PYV9 - Exploit.PDF-JS.Gen10 - Worm.Autorun.VHG

Fonte: www.terra.com.br

Cresce número de spam e redes zumbis no mundo

Os dados são de um estudo realizado pela McAfee no 2º trimestre de 2009, cujo resultado aponta que 92% dos e-mails são spams, ocasionados pelo aumento de botnets (redes de computadores zumbis).
De acordo com o Relatório da McAfee, sobre ameaças no segundo trimestre do ano, o volume de spams aumentou 141% desde março deste ano. Os números estão relacionados a continuidade de crescimento do fluxo de mensagens eletrônicas indesejáveis, sendo o maior volume de todos os tempos.
O documento também aponta a drástica expansão de malwares de execução automática (Auto-Run) e de botnets ou redes de computadores zumbis que sequestram os sistemas para enviar spam para milhões de endereços de e-mail. Hoje, mais de 14 milhões de computadores foram "escravizados¿ por botnets ou tiveram suas máquinas controladas por cibercriminosos, o que representa um aumento de 16% em relação ao primeiro trimestre do ano.
Os pesquisadores da McAfee descobriram também que, durante 30 dias, os malwares de execução automática (Auto-Run) infectaram mais de 27 milhões de arquivos, com exploração dos recursos Auto-Run do Windows sem exigir que o usuário clique para ativá-lo. Este tipo de ameaça é espalhada por meio de dispositivos USB e de armazenamento portáteis. A sua taxa de detecção ultrapassa em 400% até mesmo a do worm Conficker, tornando-a a principal ameaça detectada em todo o mundo.
Já um estudo realizado pelo Gartner aponta que 14 milhões de computadores se tornaram botnets nesse trimestre, o que significa uma média de mais de 150 mil PCs infectados todos os dias ou 20% desses produtos comprados diariamente.
A Coréia do Sul teve o maior índice de atividade de bot, sendo um aumento de 45% de computadores novos infectados no último trimestre. A rede zumbi foi usada para executar os ciberataques de DDoS contra a Casa Branca, a Bolsa de Valores de Nova Iorque e sites do governo da Coréia do Sul no início de julho.
Os Estados Unidos continuam no topo da lista de atividades do bot com 2,1 milhões ou 15,7% de novos computadores. Na lista dos dez principais países com micros zumbis recém-criados no trimestre, o Brasil está em terceiro, com 8,2%, atrás da China, com 9,3%.
A expansão de botnets é também o principal motivo do volume crescente de spams, que agora significa 92% de todos os e-mails. O volume excedeu em 20% o maior recorde já registrado, tendo aumento gradativo de 33% por mês. Isso significa que o volume de e-mails indesejáveis cresce mais de 117 bilhões a cada dia.
Cerca de 65% do spam global possui origem em apenas dez países. Brasil, Turquia e Polônia tiveram aumentos significativos na produção dos e-mails, bem como aumentos consideráveis no volume total. Já os Estados Unidos continuam na liderança do ranking, embora a produção local de spam tenha caído para 25%, se comparado aos 35% do último trimestre.

Fonte: www.terra.com.br