O governo federal admite que a licitação, tão desejada pelas empresas do
setor, como a Petrobras, só deve gerar resultados práticos depois de 2020
Segundo uma fonte qualificada da área energética do governo, o avanço do
consumo dos combustíveis neste ano deve ser de 5%
Brasília - A nova rodada de leilões de blocos para exploração de petróleo,
prevista para maio, não deve provocar aumento de produção até o fim da
década.
Mesmo diante de uma explosão no ritmo de importação de combustíveis, de 70%
entre 2011 e 2012, para fazer frente à crescente demanda interna, o governo
garante que a demora de pelo menos sete anos entre os leilões e o início efetivo
da comercialização do petróleo que será extraído dos novos campos não será um
problema.
Segundo uma fonte qualificada da área energética do governo, o avanço do
consumo dos combustíveis neste ano deve ser de 5%, próximo à projeção de
crescimento da economia feita pelo Ministério da Fazenda.
Esse aumento é inferior ao avanço de 6,3% do consumo em 2012, quando a
economia cresceu em torno de 1%. Ao mesmo tempo, a oferta dos blocos já em
exploração pelas empresas deve aumentar.
"O que está afetando nossa produção são atrasos na chegada de sondas
importadas, demora para produção de novas plataformas, em parte por causa da
dificuldade para testar novos estaleiros", disse a fonte.
Para o governo, a 11.ª rodada de leilões para exploração de petróleo, que vai
envolver 172 blocos exploratórios, servirá para aumentar o conhecimento das
bacias geológicas brasileiras e para "movimentar" a cadeia produtiva do
setor.
"Não é nosso objetivo aumentar a produção de combustíveis. Isso é
consequência, mas antes da exploração não podemos determinar se isso será
relevante ou não", disse uma fonte.
Fonte: Exame.
Nenhum comentário:
Postar um comentário