Em janeiro, Ana Patrícia Vianni, 18, acumulou duas vitórias: passou no pós-médio de eletricista e conseguiu o primeiro emprego.
Ela foi aprovada com outros 31 jovens de 18 a 24 anos para o curso criado pela CPFL Energia em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Todos os estudantes recebem remuneração. São empregados como aprendizes (cujo contrato tem duração de até dois anos), têm carteira de trabalho assinada e recebem R$ 622 por mês.
A proposta da empresa de energia, cada vez mais comum em grandes companhias, é oferecer treinamento com o objetivo de recrutar os estudantes que conseguem concluir o curso.
"Os que não forem absorvidos diretamente pela companhia podem ser contratados por outras empresas do setor", diz Alfredo Bottone, diretor de RH da CPFL.
Na Vale, o índice de retenção das 3.000 pessoas formadas no curso de mineração oferecido pela companhia no ano passado foi de 70%, segundo a gerente de educação técnica Ana Albertim.
A empresa oferece bolsa competitiva, que vai de R$ 900 a R$ 1.300 - o valor médio no país para alunos do ensino técnico é de R$ 561,79, segundo estudo realizado em 2011 pelo Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola).
EXPERIÊNCIA
O teto da remuneração é garantido na etapa prática do programa, em que os alunos atuam como aprendizes dentro da própria Vale.
Já a Petrobras, que fechou parceria com 12 instituições de ensino para oferecer opções de cursos, garante bolsa de R$ 350 a estudantes do setor de petróleo e gás.
Além da iniciativa privada, o governo de São Paulo também aderiu à iniciativa de remunerar futuros técnicos. Pelo programa Via Rápida Emprego, são ofertadas bolsas de R$ 330 por mês para estudantes desempregados.
Fonte: FOLHA.COM
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