A análise é do perito em planejamento portuário e diretor da DTA Engenharia, empresa contratada para realizar os estudos. Projeto de Vila Velha foi apresentado e debatido.
Os estudos de viabilidade da implantação do Porto de Águas Profundas no Estado já estão prontos. Cabe, agora, ao governo Estadual, às prefeituras e à Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) definirem o local mais adequado para a implantação do empreendimento: na região de Praia Mole, entre Vitória e Serra, ou na Ponta da Fruta, em Vila Velha. O orçamento dos dois projetos está equilibrado, no valor de R$ 3 bilhões. A análise foi baseada na implantação dos conceitos de porto-indústria e de terminal de contêineres.
De acordo com o perito em planejamento portuário e diretor da DTA Engenharia, empresa contratada para realizar os estudos, Mauro Scazufca, os dois projetos possuem vantagens e desvantagens. A vantagem da região de Praia Mole é já possuir a área portuária, com condições de ser potencializada. Já as desvantagens são ter que criar formas de convivência para moradores e trânsito e a dificuldade de expansão do porto a longo prazo.
Já em Ponta da Fruta, a vantagem é a liberdade de projeto em uma grande área, com menores limitações. Segundo Mauro, é possível gerar mais empregos substituindo o uso do território, que não possui atividades comerciais. No entanto, o ponto negativo é impactar uma área ainda natural.
Mauro Scazufca destacou que, independente do local, a construção de infraestrutura traz impactos e causa transtornos para a região que recebe a obra. "Esses projetos, quando são realizados, trazem impacto na sua implantação, no período de obras. Depois, a operação desse tipo de porto não é uma atividade de grandes impactos. A circulação de contêineres traz impactos ao trânsito. Mas se você faz um projeto com muito planejamento minimiza os conflitos", disse.
Vila Velha
Em um seminário para debater a instalação do Porto de Águas Profundas, na quinta-feira (06), em Vila Velha, o prefeito do município, Neucimar Fraga (PR), defendeu a construção do porto na cidade. Segundo ele, 80% das empresas de comércio exterior vão deixar Vila Velha caso o Porto de Água Profundas seja implantado em outro local.
"A construção de um Porto de Águas Profundas em outra cidade vai causar um desemprego muito grande e reduzir a receita do município, principalmente a receita de ISS que hoje gera quase R$ 100 milhões para Vila Velha", afirmou.
Durante o seu discurso no evento, o vice-governador Givaldo Vieira frisou que o governador Renato Casagrande fará um debate com a Codesa, prefeitos e comunidade antes de indicar a localização do porto.
Fonte: Rádio CBN Vitória (93,5 FM)
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