De acordo com o Guia Salarial 2012, o aumento médio nos salários desse mercado foi de 27,6% em 2011, um percentual bem acima da inflação do período, que ficou em 6,5%
Rio de Janeiro (RJ) - A falta de mão de obra especializada para atender o setor de petróleo e gás é o principal gargalo ao aquecimento que teve início em 2006 e se intensificou em 2011, graças ao grande aumento de start-ups que vieram para o Brasil. Esse movimento resultou na supervalorização e inflação dos salários, colocando as atividades relacionadas ao segmento na mira dos estudantes, lotando cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. De acordo com o Guia Salarial 2012 elaborado pela HAYS em parceria com o Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, o aumento médio nos salários desse mercado foi de 27,6% em 2011, um percentual bem acima da inflação do período, que ficou em 6,5%. Os principais beneficiados foram os profissionais de perfuração (drilling) e da área comercial, o que reflete a alta demanda do período por profissionais voltados a vendas técnicas.
Com uma tendência de estabilização, os altos salários, portanto, tendem a deixar de ser um diferencial para quem deseja atuar nesse setor. Na luta para atrair e reter talentos, as empresas de petróleo e gás precisam ser inovadoras e criativas: itens como valorização da família e a qualidade do ambiente de trabalho, por exemplo, despontam como diferenciais. Investimentos e políticas robustas de segurança do trabalhador também passam a ser fatores de atração e retenção. E, gradualmente, as empresas optam pela valorização das pessoas e dos benefícios individuais em vez de se restringir a políticas-padrão.
“Engenheiros de equipamentos / contratos foram os profissionais mais demandados em 2011. Aliás, formação em Engenharia com capacidade de comunicação elevada, completa a lista dos profissionais mais demandados no ultimo ano.”, afirma Raphael Falcão, gerente da HAYS no Rio de Janeiro.
Em paralelo, o mercado está requerendo profissionais altamente especializados, com domínio de idiomas e que tenham conhecimento da cadeia de petróleo e gás. A abertura de centros de pesquisa e áreas de projetos está demandando mão de obra com alto grau de especialização, já incluindo doutorado. Em 2012, o foco permanece em profissionais de perfuração, junto com demandas nas empresas que são operadoras, ou seja, que exploram o petróleo, bem como nos fornecedores de serviços e equipamentos. Inglês fluente, por sua vez, tende a ser um diferencial importantíssimo em prol do candidato, em função tanto da característica da atividade, que é intrinsecamente internacional, quanto pela gritante falta de profissionais que dominam um segundo idioma.
Da redação
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