O objetivo é aumentar de 20% para 25% o teor de álcool anidro na gasolina
São Paulo (SP) - A proposta da Petrobras, em análise pelo Ministério de Minas e Energia, de aumentar de 20% para 25% o teor de álcool anidro na gasolina esbarra na incapacidade do mercado produtor brasileiro de atender à expansão de imediato. No curto prazo, seria preciso importar etanol.
Com mais etanol na mistura, a Petrobras teria um alívio de caixa, pois reduziria a necessidade de importação de gasolina. Para o presidente executivo interino da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues, "é muito difícil chegar aos 25% com produção nacional".
Um desafio para os produtores é que a safra atual de cana-de-açúcar já está com andamento de 25% a 30%. Ou seja, a indústria já planejou as produções em curso para a atual mistura de 20%. Uma decisão do governo sobre o tema seria mais conveniente no início da safra, em abril, segundo Pádua Rodrigues. "é importante sair com a regra já definida no início da safra", afirmou.
A Unica deverá terminar até o fim do mês os estudos sobre a oferta nacional para avaliar a possibilidade de aumento da mistura. Os dados servirão como base para definir para quanto os 20% atuais poderiam ser elevados. Em junho, a Petrobras Biocombustíveis preparou estudo em defesa do aumento da mistura para 25%. A proposta foi encaminhada pela Petrobras ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que ainda não respondeu.
Fonte: Estado de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário