RECIFE – O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) terá que conseguir um novo parceiro tecnológico até 30 de agosto, uma vez que os contratos com a Transpetro estão suspensos. Essa necessidade surgiu por causa da saída da Samsung Heavy Industries (SHI), que vendeu a participação de 6% – deixando como sócios (com 50% cada), a Camargo Corrêa Naval e a Queiroz Galvão Participações e Concessões.
A preocupação agora é que, sem os repasses de recursos da Petrobras, o EAS terá fôlego para continuar a construção das demais embarcações? Só o atraso na entrega do navio João Cândido acarretou ao EAS um custo adicional de R$ 170 milhões ao projeto. Como a Petrobras arcou apenas com a correção monetária da encomenda, o repasse ao EAS somou R$ 363 milhões – sendo a diferença assumida pelo estaleiro, que ainda deve pagar a multa (de valor não revelado por questões contratuais), a ser confirmada ou não em até 30 dias.
O Atlântico Sul tem contrato para entregar 22 petroleiros à subsidiária da Petrobras, ao custo de US$ 3,1 bilhões, até 2016. O estaleiro também construirá sete navios-sonda para a Sete Brasil, na qual a Petrobras tem participação de 10%. O total das encomendas é avaliado em US$ 4,6 bilhões.
Fonte: DCI
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