Nova sala da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista, permite transformar dados sobre reservas em imagens em terceira dimensão.
À primeira vista, parece um cinema particular. Mas só à primeira vista. Na verdade, a nova sala montada pela OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, permite uma visualização de rochas no subsolo da Terra em 3D e ajuda a empresa a tomar decisões na hora de perfurar um poço de petróleo.
O local tem capacidade para 70 pessoas e uma tela com 5.760 pixels por 1.706 – quase 10 milhões de pixels em cerca de 9 por 3 metros. Mas, apesar da aparência impressionar, o verdadeiro trunfo está nas informações que permitem a elaboração de imagens em terceira dimensão do subsolo nas quais se vê forma e densidade das rochas.
É um banco de quase sete terabytes de dados obtidos principalmente por meio de testes sísmicos. É uma técnica similar ao ultrassom: um barco carrega fios de cerca de 6 quilômetros de extensão, como se fosse uma cauda, que emite ondas sonoras para o subsolo. As rochas refletem essas ondas, que são lidas e transformadas em gráficos, dependendo da intensidade com que retornam à superfície. As coletas de dados são feitas com distância de 25 metros entre uma e outra, e a sequência delas é que forma a imagem em 3D. Para compor o banco de dados de teste sísmico, a OGX investiu mais de US$ 100 milhões. Para processar todos esses dados, o computador que controla a sala tem uma memória RAM de 96 gigabytes.
Na sala 3D é possível olhar para as rochas como se estivesse embaixo delas
Com a imagem elaborada, a empresa reúne na sala 3D profissionais de diversas áreas – geólogos, engenheiros, gestores – para tomar decisões. “A vantagem é que podemos interpretar os dados com base na experiência de todos os profissionais”, afirma Edmundo Marques, gerente executivo de Interpretação da OGX. Entre as avaliações que são feitas com base nas imagens, está uma das mais importantes: se um poço tem ou não petróleo. As informações também podem ser usadas para orientar a perfuração de um poço que já foi avaliado como viável e para a empresa decidir se tem ou não interesse em adquirir a concessão para a exploração da área.
Batizada de Jutta Batista, em homenagem à mãe de Eike, a sala custou cerca de R$ 2,4 milhões. O valor parece alto, mas pode ser considerado baixo se comparado com a economia que pode gerar ao permitir a redução de erros na indústria do petróleo. “A perfuração de um poço barato sai por US$ 25 milhões. Imagine o prejuízo de se encontrar um poço seco”, afirma Marques. O poço seco é aquele que não tem petróleo nenhum ou em uma quantidade pequena, que não é comercialmente viável. Em qualquer uma das situações, ele acaba sendo abandonado e a empresa amarga o prejuízo da exploração.
A estrutura da sala inclui ainda seis projetores com lâmpadas especiais, que custam cerca de R$ 50 mil cada. Luzes infravermelhas garantem o alinhamento das imagens de cada projetor para que não haja sobreposições na tela. E a própria tela uniformiza a luz que sai dos projetores, para que a imagem tenha uma aparência homogênea para quem estiver assistindo.
Também estão sendo instalados equipamentos que permitem a realização de videoconferência na sala.
Para extrair todo o potencial da sala, Marcos do Amaral, gerente geral de Tecnologias Aplicadas da OGX, afirma que são necessários três fatores: hardware, software, e “humanware”. “Investimos em máquinas de ponta e programas de qualidade para interpretar os dados, mas a equipe é essencial para o trabalho”, afirma.
Fonte: IG
À primeira vista, parece um cinema particular. Mas só à primeira vista. Na verdade, a nova sala montada pela OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, permite uma visualização de rochas no subsolo da Terra em 3D e ajuda a empresa a tomar decisões na hora de perfurar um poço de petróleo.
O local tem capacidade para 70 pessoas e uma tela com 5.760 pixels por 1.706 – quase 10 milhões de pixels em cerca de 9 por 3 metros. Mas, apesar da aparência impressionar, o verdadeiro trunfo está nas informações que permitem a elaboração de imagens em terceira dimensão do subsolo nas quais se vê forma e densidade das rochas.
É um banco de quase sete terabytes de dados obtidos principalmente por meio de testes sísmicos. É uma técnica similar ao ultrassom: um barco carrega fios de cerca de 6 quilômetros de extensão, como se fosse uma cauda, que emite ondas sonoras para o subsolo. As rochas refletem essas ondas, que são lidas e transformadas em gráficos, dependendo da intensidade com que retornam à superfície. As coletas de dados são feitas com distância de 25 metros entre uma e outra, e a sequência delas é que forma a imagem em 3D. Para compor o banco de dados de teste sísmico, a OGX investiu mais de US$ 100 milhões. Para processar todos esses dados, o computador que controla a sala tem uma memória RAM de 96 gigabytes.
Na sala 3D é possível olhar para as rochas como se estivesse embaixo delas
Com a imagem elaborada, a empresa reúne na sala 3D profissionais de diversas áreas – geólogos, engenheiros, gestores – para tomar decisões. “A vantagem é que podemos interpretar os dados com base na experiência de todos os profissionais”, afirma Edmundo Marques, gerente executivo de Interpretação da OGX. Entre as avaliações que são feitas com base nas imagens, está uma das mais importantes: se um poço tem ou não petróleo. As informações também podem ser usadas para orientar a perfuração de um poço que já foi avaliado como viável e para a empresa decidir se tem ou não interesse em adquirir a concessão para a exploração da área.
Batizada de Jutta Batista, em homenagem à mãe de Eike, a sala custou cerca de R$ 2,4 milhões. O valor parece alto, mas pode ser considerado baixo se comparado com a economia que pode gerar ao permitir a redução de erros na indústria do petróleo. “A perfuração de um poço barato sai por US$ 25 milhões. Imagine o prejuízo de se encontrar um poço seco”, afirma Marques. O poço seco é aquele que não tem petróleo nenhum ou em uma quantidade pequena, que não é comercialmente viável. Em qualquer uma das situações, ele acaba sendo abandonado e a empresa amarga o prejuízo da exploração.
A estrutura da sala inclui ainda seis projetores com lâmpadas especiais, que custam cerca de R$ 50 mil cada. Luzes infravermelhas garantem o alinhamento das imagens de cada projetor para que não haja sobreposições na tela. E a própria tela uniformiza a luz que sai dos projetores, para que a imagem tenha uma aparência homogênea para quem estiver assistindo.
Também estão sendo instalados equipamentos que permitem a realização de videoconferência na sala.
Para extrair todo o potencial da sala, Marcos do Amaral, gerente geral de Tecnologias Aplicadas da OGX, afirma que são necessários três fatores: hardware, software, e “humanware”. “Investimos em máquinas de ponta e programas de qualidade para interpretar os dados, mas a equipe é essencial para o trabalho”, afirma.
Fonte: IG
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