O casco da plataforma P-55, que deixou o complexo industrial portuário de Suape, em Pernambuco, no dia 22 de dezembro, deve entrar no porto de Rio Grande no domingo. A data poderá ser alterada caso as condições de navegação não permitam que seja efetuada a operação de ingresso na Lagoa dos Patos.
A Superintendência do Porto de Rio Grande realizou na tarde de quinta-feira uma reunião para avaliar o planejamento de manobras para a entrada da P-55, que possui um casco quadrado, com 94,32 metros de lado. Tudo transcorrendo dentro da normalidade, o casco, em um primeiro momento, deverá ancorar no cais sul do Estaleiro Rio Grande, onde serão realizados alguns preparativos para que em meados de fevereiro a estrutura siga para o dique seco. Ali, a integração da P-55 implicará uma das maiores elevações de engenharia do mundo, ao erguer cerca de 17 mil toneladas, a mais de 40 metros de altura.
Em Rio Grande, as obras da plataforma encomendada pela Petrobras serão feitas pela empresa Quip. Entre as ações que serão executadas estão o acoplamento do deckbox (convés), as montagens de módulos, dos sistemas de geração, de processamento e exportação do óleo e gás, integração física dos sistemas e comissionamento final.
Do tipo semissubmersível, a P-55 será instalada no campo gigante de Roncador, na Bacia de Campos. A plataforma terá uma capacidade de produção de 180 mil barris diários de petróleo e compressão de 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. O investimento previsto na concretização da plataforma é de aproximadamente US$ 1,65 bilhão. Inicialmente, a finalização da P-55 estava prevista ainda para o ano passado.
Além dessa estrutura, o polo naval de Rio Grande tem como demandas confirmadas a construção, montagem de módulos e integração da plataforma P-63; a conversão do casco, construção e montagem de módulos da plataforma P-58 e a construção e montagem de oito cascos para FPSOs (complexos que produzem e armazenam petróleo).
O secretário de Assuntos Extraordinários focado na área de Desenvolvimento do município, Gilberto Pinho, comemora a chegada de mais um casco a Rio Grande para a implantação de uma plataforma. Ele destaca que desde que o polo naval começou suas atividades, com a construção da plataforma P-53, a economia da região vem colhendo os frutos. Em 2007, quando o casco da P-53 chegou à cidade, o PIB de Rio Grande, conforme dados do IBGE, era de aproximadamente R$ 4,4 bilhões. Em 2009, esse indicador já havia saltado para cerca de R$ 6,2 bilhões. "Outro fato positivo é que, cada vez mais, está sendo possível incorporar mão de obra local na realização desses empreendimentos", ressalta Pinho.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)
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