Petrobras ainda impera, mas há várias outras empresas buscando petróleo e gás no fundo do mar
O litoral do Espírito Santo não é mais o mesmo nem registra mais somente a presença da Petrobras nos blocos de campos de petróleo. Somente a estatal estima chegar ao final de 2012 com uma produção de 500 mil barris por dia no Estado. Isso sem contar com o que poderão produzir pelo menos outras 13 companhias que já estão perfurando poços e desenvolvendo projetos de sísmica em blocos em terra e no mar.
Em muitos casos, as empresas estrangeiras que investem no litoral capixaba o fazem em parceria com a própria Petrobras. Até agora, somente a Shell, que é parceira e operadora do Parque das Conchas, no Litoral Sul, em frente a Presidente Kennedy, já produz no Espírito Santo.
Nos campos deste parque - Abalone, Ostra, Argonauta e Nautilus - a Shell instalou uma verdadeira cidade no fundo do mar par extrair óleo e gás em áreas ultraprofundas, quase 3 mil metros de profundidade.
Antes de ir para o navio plataforma, que produz, armazena e transfere produto - FPSO Espírito Santo - o óleo produzido nestes campos passa por uma primeira separação, depois de passar pelo equipamento chamado "árvore de natal". O mesmo ocorre com o gás extraído junto com o óleo. O sistema de produção instalado pela Shell na região é pioneiro no país
Nacional
Os investimentos que a Petrobras planeja fazer nos próximos anos devem resultar, segundo o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, numa produção de 6 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia em um prazo de dez anos. Parte desta produção virá dos campos do Espírito Santo, principalmente no mar, mas também em terra.
A estimativa de Barbassa inclui os 5,4 milhões de barris por dia previstos no plano de investimentos da companhia e os 600 mil barris por dia da cessão onerosa, quando entrar em vigor a nova sistema de produção do pré-sal.
Em terra, a Petrobras já não reina mais absoluta e começa a dividir a produção com empresas menores, como a capixaba Cheim que já está produzindo em poços no Norte do Estado. Outra empresa capixaba, a Vipetro, da Vitória Ambiental, já está perfurando poços à procura de petróleo e gás em terra.
Outras petroleiras internacionais já estão perfurando e pesquisando no litoral, do Sul ao Norte. É o caso, por exemplo, da OGX, do bilionário Eike Batista, que fez parceria com a Perenco em cinco blocos na Bacia do Espírito Santo.
Participam de novas perfurações no litoral capixaba, de forma isolada ou em parcerias, a Statoil (estatal norueguesa), Anadarko, Sonangol (de Angola), ONGC (estatal indiana), Shell, e a mineradora Vale, que tem parceria com a Petrobras, além de outras como PetroSinergy.
Futuro próspero: 6 milhões de barris
De óleo equivalente (óleo mais gás) por dia em 2020 é a estimativa de produção prevista pela Petrobras anunciada na quinta-feira (02/06)
Petrobras lança nova licitação para as sondas
A diretoria da Petrobras aprovou o lançamento de uma nova licitação para a contratação de 21 sondas de perfuração para a área do pré-sal, segundo confirmou a estatal. O presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, citou a licitação em seu discurso durante cerimônia de inauguração da plataforma P-56, em Angra dos Reis. A ideia é que a entrega das propostas ocorra em setembro, segundo fontes. A nova licitação é derivada do processo licitatório para a contratação de até 28 sondas e que foi finalizado com a aquisição de apenas um pacote com sete unidades que serão construídas pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, e depois afretadas pela Petrobras pela Sete Brasil a custo diário de US$ 450 mil. Era essa licitação que a empresa Jurong estava participando e cujo preço foi considerado alto pela Petrobras. Agora o processo voltou à estaca zero.
Dilma repete gesto de Lula no batizado da P-56
Sessão de assinaturas de jalecos foi repetida pela presidente Dilma ontem, no Rio
A presidente Dilma Rousseff repetiu ontem, durante inauguração da plataforma P-56, da Petrobras, gestos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em eventos como este, ao assinar seu nome no jaleco laranja vestido por diretores da companhia, autoridades presentes e alguns trabalhadores. Mas ao contrário de Lula, que por diversas vezes sujou a mão de petróleo para carimbá-las nas costas dos "companheiros", Dilma usou uma caneta própria para tecidos, já que a unidade inaugurada ainda não está em operação.
A plataforma P-56 deverá começar a produzir petróleo no início de agosto no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. Acompanhada do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do governador do Rio, Sérgio Cabral, do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e dos diretores de Gás e Energia, Graça Foster, Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e Exploração e Produção, Guilherme Estrella, a presidenta posou para fotos com trabalhadores do estaleiro e fez homenagem às mulheres que vão operar a unidade.
O próprio jaleco laranja - uniforme da Petrobras - vestido por Dilma durante a visita recebeu autógrafos dos diretores da estatal e do ministro Lobão. Assim como Lula, a presidenta foi bastante aplaudida em sua chegada pelos cerca de 8 mil trabalhadores que lotam o pátio do estaleiro para a cerimônia.
A P-56 é considerada um marco na indústria naval, porque a unidade é a que apresenta o maior porcentual de conteúdo nacional, de 73%, acima dos 65% exigidos por lei. A plataforma terá como madrinha a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que recebeu homenagens e posou para fotos abraçada com Dilma.
Com capacidade de produzir um volume total de 100 mil barris por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural, a unidade foi construída como clone da P-51, entregue em 2008. Contratada por US$ 1,2 bilhão junto ao consórcio Keppel Fels Brasil/Technip em outubro de 2007, a unidade teve a maior parte de sua construção realizada no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ).
Fonte: http://www.clickmacae.com.br/
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