Alguém falou dia desses que o pré-sal poderá representar uma bênção ou uma maldição para o Brasil. HD cansado, ignorei solenemente aquela assertiva. Apenas retruquei a mim mesmo o que, na hora, me pareceu bastante óbvio.
Como pode uma riqueza de tamanha magnitude, que colocará o país num patamar privilegiado dentre tantos outros e que gerará bilhões e bilhões de divisas, trazer infelicidade aos brasileiros? Uma semana depois, me dei conta de que aquela história fora gravada no arquivo da memória e me vi instigado a ir além do senso comum. Aproveito, então, pra partilhar aqui o que andei matutando sobre o assunto. Mas antes preciso retomar um dado que, se para poucos é tão evidente, para a sociedade em geral não é. Refiro-me ao fato de que vivemos em um país onde o conceito de ciência, tecnologia e inovação ainda passa ao largo da percepção dos indivíduos. Consequência disso, a eles interessa muito o produto e nada o processo. Em outras palavras, compra-se e se usufrui de um equipamento de última geração, toma-se um medicamento de alta complexidade, pra ficar só nesses exemplos, mas nenhuma importância se dá à longa estrada percorrida para se chegar à sua produção. Pois a descoberta do pré-sal e suas consequências ilustram com muito didatismo a importância do processo para se chegar ao produto. O país investiu, durante anos e anos, muitos milhões em pesquisa e desenvolvimento em águas profundas, assumiu a liderança mundial nessa tecnologia, chegou ao tesouro do pré-sal e, agora, discute como gastar os bilhões de reais que, ao longo dos anos, virão sob a forma de royalties. Pra se ter uma ideia da dinheirama, até 2017 prevê-se um acúmulo de R$ 60 bilhões de reais; até 2022, R$ 100 bilhões de reais. Isso tudo numa tímida previsão. O pré-sal, portanto, é a prova mais concreta e acabada de que investir em pesquisa e desenvolvimento garante riqueza, competitividade, bem-estar social e soberania ao país. Mas todo cuidado será pouco com a aplicação dessa vultosa soma. Afinal, estamos falando de recurso natural não renovável. Para o bem futuro do país, ela não poderá ser gasta em obras imediatistas, mas investida em ações estruturantes que assegurem lá na frente ao Brasil um lugar de destaque entre as grandes e poderosas nações. Neste sentido, penso modestamente que a melhor forma de auferir os melhores lucros com os lucros do pré-sal é aplicá-los inteiramente em educação básica, ciência, tecnologia e inovação. A bênção, pra mim, será isso.
Fonte: http://www.clickmacae.com.br/
Como pode uma riqueza de tamanha magnitude, que colocará o país num patamar privilegiado dentre tantos outros e que gerará bilhões e bilhões de divisas, trazer infelicidade aos brasileiros? Uma semana depois, me dei conta de que aquela história fora gravada no arquivo da memória e me vi instigado a ir além do senso comum. Aproveito, então, pra partilhar aqui o que andei matutando sobre o assunto. Mas antes preciso retomar um dado que, se para poucos é tão evidente, para a sociedade em geral não é. Refiro-me ao fato de que vivemos em um país onde o conceito de ciência, tecnologia e inovação ainda passa ao largo da percepção dos indivíduos. Consequência disso, a eles interessa muito o produto e nada o processo. Em outras palavras, compra-se e se usufrui de um equipamento de última geração, toma-se um medicamento de alta complexidade, pra ficar só nesses exemplos, mas nenhuma importância se dá à longa estrada percorrida para se chegar à sua produção. Pois a descoberta do pré-sal e suas consequências ilustram com muito didatismo a importância do processo para se chegar ao produto. O país investiu, durante anos e anos, muitos milhões em pesquisa e desenvolvimento em águas profundas, assumiu a liderança mundial nessa tecnologia, chegou ao tesouro do pré-sal e, agora, discute como gastar os bilhões de reais que, ao longo dos anos, virão sob a forma de royalties. Pra se ter uma ideia da dinheirama, até 2017 prevê-se um acúmulo de R$ 60 bilhões de reais; até 2022, R$ 100 bilhões de reais. Isso tudo numa tímida previsão. O pré-sal, portanto, é a prova mais concreta e acabada de que investir em pesquisa e desenvolvimento garante riqueza, competitividade, bem-estar social e soberania ao país. Mas todo cuidado será pouco com a aplicação dessa vultosa soma. Afinal, estamos falando de recurso natural não renovável. Para o bem futuro do país, ela não poderá ser gasta em obras imediatistas, mas investida em ações estruturantes que assegurem lá na frente ao Brasil um lugar de destaque entre as grandes e poderosas nações. Neste sentido, penso modestamente que a melhor forma de auferir os melhores lucros com os lucros do pré-sal é aplicá-los inteiramente em educação básica, ciência, tecnologia e inovação. A bênção, pra mim, será isso.
Fonte: http://www.clickmacae.com.br/
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