De acordo com o levantamento da Catho On Line, sete das dez maiores elevações salariais são desta área
Das dez profissões em que foi maior o aumento salarial nos últimos 12 meses, no Brasil, sete são da área de tecnologia. Destaque mesmo ficou por conta das engenharias. O crescimento da agronômica, por exemplo, foi o maior, 38,2%; já a remuneração da civil, impulsionada pela retomada da construção no País, subiu 19,0%.
Os dados são da Pesquisa Salarial e de Benefícios, realizada pela Catho On Line, com 158 mil profissionais de mais de 19 mil empresas, localizadas em 3.503 cidades espalhadas pelo País. A empresa, que é especializada no cadastramento virtual de currículos e empregos, comparou o levantamento das informações coletadas do mercado em maio de 2010 as de igual mês deste ano. As demais engenharias da lista das dez mais e seus respectivos aumentos salariais foram: a geológica (21,4%); de minas (21,0%); de petróleo, óleo e gás (20,8%); do meio ambiente (20,4%); e de alimentos (20,2%).
Três profissões de áreas não tecnológicas também apareceram no ranking da Catho On Line das maiores elevações percentuais. Em segundo lugar, surgiu a editor de fotografia, na área de comunicação social e editoração (25,4%); em terceiro, no setor educacional, o professor de ensino superior (21,8%); e, na nona colocação, também no segmento de comunicação social e editoração, destaque para o profissional de arte (19,3%), conforme o estudo.
Para o diretor da pesquisa, a maior explicação desse resultado perpassa pela própria consolidação econômica e do super-aquecimento dos setores de infraestrutura, como Construção Civil, Mineração e os ligados à Extração de Petróleo e Gás, que ampliaram a demanda por profissionais voltados nessa área de engenharia. "Sermos sede de eventos futuros como a Copa do Mundo e as Olimpíadas também reflete em um crescimento maior na procura por engenheiros", afirma Marco Soraggi.
No Ceará
A presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE), Thereza Neumann Santos de Freitas, admite que está havendo melhorias nos salários da categoria, porém ela denuncia que ainda persiste um percentual significativo de engenheiros sem receber o piso determinado por lei federal. "Existe um ganho realmente. Não podemos negar que o salário está aumentando. Mas existe um parcela de profissionais que trabalha por menos do piso, que são 8,5 salários, R$ 4.632,50".
Ela se refere especialmente aos mais jovens que têm, no máximo dois anos de formados. "O mercado paga bem os engenheiros mais experientes porque eles assumem outras funções de gerência e fiscalização, por exemplo. O que não ocorre com os mais jovens. O mais agravante está na construção civil", aponta Tereza.
Para a presidente do Senge-CE, muitos recém-formados estão deixando o Ceará por propostas melhores em outros estados. "Precisamos unir forças com a iniciativa privada e governo para qualificar esse engenheiro mais novo", conta, demonstrando ser necessário, na opinião dela, priorizar a capacitação do profissional cearense e valorizá-los em detrimento de trazer engenheiros de fora do País.
Oferta e procura
Na opinião do vice-presidente do Sindicato da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, a carência das empresas de profissionais lei da oferta e procura está determinando o crescimento dos salários. Ele discorda da presidente da Senge-CE. "Para você ter uma ideia, meu filho está se formando agora e todos os colegas da sala dele estão empregados. O salário, hoje, de um recém-formado está girando em torno de R$ 5 mi la R$ 6 mil. Acima do piso. É lei da oferta e da procura que determina".
ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/
Das dez profissões em que foi maior o aumento salarial nos últimos 12 meses, no Brasil, sete são da área de tecnologia. Destaque mesmo ficou por conta das engenharias. O crescimento da agronômica, por exemplo, foi o maior, 38,2%; já a remuneração da civil, impulsionada pela retomada da construção no País, subiu 19,0%.
Os dados são da Pesquisa Salarial e de Benefícios, realizada pela Catho On Line, com 158 mil profissionais de mais de 19 mil empresas, localizadas em 3.503 cidades espalhadas pelo País. A empresa, que é especializada no cadastramento virtual de currículos e empregos, comparou o levantamento das informações coletadas do mercado em maio de 2010 as de igual mês deste ano. As demais engenharias da lista das dez mais e seus respectivos aumentos salariais foram: a geológica (21,4%); de minas (21,0%); de petróleo, óleo e gás (20,8%); do meio ambiente (20,4%); e de alimentos (20,2%).
Três profissões de áreas não tecnológicas também apareceram no ranking da Catho On Line das maiores elevações percentuais. Em segundo lugar, surgiu a editor de fotografia, na área de comunicação social e editoração (25,4%); em terceiro, no setor educacional, o professor de ensino superior (21,8%); e, na nona colocação, também no segmento de comunicação social e editoração, destaque para o profissional de arte (19,3%), conforme o estudo.
Para o diretor da pesquisa, a maior explicação desse resultado perpassa pela própria consolidação econômica e do super-aquecimento dos setores de infraestrutura, como Construção Civil, Mineração e os ligados à Extração de Petróleo e Gás, que ampliaram a demanda por profissionais voltados nessa área de engenharia. "Sermos sede de eventos futuros como a Copa do Mundo e as Olimpíadas também reflete em um crescimento maior na procura por engenheiros", afirma Marco Soraggi.
No Ceará
A presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE), Thereza Neumann Santos de Freitas, admite que está havendo melhorias nos salários da categoria, porém ela denuncia que ainda persiste um percentual significativo de engenheiros sem receber o piso determinado por lei federal. "Existe um ganho realmente. Não podemos negar que o salário está aumentando. Mas existe um parcela de profissionais que trabalha por menos do piso, que são 8,5 salários, R$ 4.632,50".
Ela se refere especialmente aos mais jovens que têm, no máximo dois anos de formados. "O mercado paga bem os engenheiros mais experientes porque eles assumem outras funções de gerência e fiscalização, por exemplo. O que não ocorre com os mais jovens. O mais agravante está na construção civil", aponta Tereza.
Para a presidente do Senge-CE, muitos recém-formados estão deixando o Ceará por propostas melhores em outros estados. "Precisamos unir forças com a iniciativa privada e governo para qualificar esse engenheiro mais novo", conta, demonstrando ser necessário, na opinião dela, priorizar a capacitação do profissional cearense e valorizá-los em detrimento de trazer engenheiros de fora do País.
Oferta e procura
Na opinião do vice-presidente do Sindicato da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, a carência das empresas de profissionais lei da oferta e procura está determinando o crescimento dos salários. Ele discorda da presidente da Senge-CE. "Para você ter uma ideia, meu filho está se formando agora e todos os colegas da sala dele estão empregados. O salário, hoje, de um recém-formado está girando em torno de R$ 5 mi la R$ 6 mil. Acima do piso. É lei da oferta e da procura que determina".
ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário