terça-feira, abril 05, 2011

Paraíba ainda sente poucos efeitos da nova realidade econômica do pré-sal

Amparado no discurso da economista e diretora da Consulplan Consultoria, Tânia Bacelar, o presidente da Federação das Industrias do Estado da Paraíba, Arlindo Almeida, destaca que o Nordeste ainda sofre com a distância econõmica em relação ao Sudeste, mas garante que o estado paraibano está se preparando para se aproximar da proposta da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que previa para a equivalência, ainda nos anos 2000, da renda per capita da população das duas regiões. Para isso, segundo ele, uma das prioridades do estado é a melhoria da gestão da cadeia nacional de fornecedores de bens, de forma que o estado se mantenha apto a atender às exigências de mercado nacional e internacional. Confira hotsite Segundo Almeida, a Paraíba não têm vantagens competitivas no curto e no longo prazo, dada a distância do polo produtivo, os volumes de encomendas e a ainda insuficiência de capacidade instalada para atender as demandas nacionais do setor. No entanto, a ideia é investir no desenvolvimento intelectual e nos projetos de integração para o desenvolvimento de tecnologia que podem se tornar essenciais num futuro próximo muito além da Região Nordeste. "Apenas em Campina Grande, dos 850 doutores, 620 são de engenharia. Em João pessoa, há outros 338, todos especializados em Produção, Mecânica, Química, Materiais, Elétrica, entre outras. Uma formação que muitos estados inteiros não possuem, o que fará a diferença para o estado", exemplifica. Ainda assim, no índice Firjan, que apresenta um ranking de desenvolvimento humano, em especial em termos de educação e saúde, a Paraíba ainda se encontra no 22º lugar, com renda per capita ainda inferior ao próprio Nordeste. No que diz respeito ao desenvolvimento harmonioso da região, em que a Paraíba ainda não consegue acompanhar a realidade de transformação pela qual Pernambuco vem passando, um dos meios de contornar a questão é justamente a reordenação da distribuição de royalties. "Hoje, apenas um estado, com 9% da população, concentra 70% dos royalties do petróleo. É preciso tratar os desiguais de forma desigual. O que deveria ser feito quanto ao pré-sal seria justamente aplicar a lógica que já é realizada quanto ao fundo de participação dos municípios", propõe.


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