domingo, fevereiro 06, 2011

O primeiro gargalo de mão de obra: português e raciocínio lógico


A falta de mão de obra para as necessidades do setor de petróleo esbarra na educação básica. Boa parte dos inscritos nas oportunidades de qualificação doPrograma de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) não consegue passar nos processos seletivos, apesar de ter concluído a escolaridade exigida para a maior parte das vagas (ensino médio).

De acordo com José Renato de Almeida, coordenador executivo do programa, o primeiro gargalo na formação dos profissionais está na falta de conhecimentos básicos de português e raciocínio lógico. Para enfrentar as provas pelas vagas do programa, que oferece treinamento para 185 cargos no segmento de óleo e gás, escolas e universidades federais estão sendo obrigadas a aplicar reforço escolar para os inscritos.

Passada a fase de reforço de conteúdos básicos, os trabalhadores vão enfrentar a alta concorrência pelas vagas: são pelo menos entre 9 e 10 candidatos por oportunidade de treinamento do Prominp. A cada rodada, cerca de 30 mil profissionais são admitidos. O objetivo do programa é treinar 212 mil trabalhadores até 2014. Os cursos levam de 3 a 9 meses, e representam uma chance quase certa de trabalho em um setor carente de mão de obra qualificada.

Segundo Almeida, o reforço escolar também serve para evitar o êxodo de trabalhadores dentro do País. A ideia é que as oportunidades oferecidas em diferentes regiões sejam aproveitadas pelos trabalhadores locais.

Outra medida para evitar a migração de mão de obra é direcionar os cursos de preparação para a região onde as oportunidades estão. Assim, São Paulo terá mais cursos para pessoal de fabricantes de equipamentos, enquanto o Rio e a Região Nordeste, por exemplo, ficarão com os treinamentos ligados à exploração de petróleo e às refinarias, respectivamente.

Fonte: Estadão - Fernando Scheller

Nenhum comentário: