quinta-feira, janeiro 20, 2011

Bacia de Camamu-Almada e Jequitinhonha (BA)


Existem 207 poços distribuídos pelas bacias sedimentares do Recôncavo, Camamu, Almada, Cumuruxatiba e Jequitinhonha, na Bahia. Para a produção dos 81 campos de petróleo e gás da Bahia, há uma complexa rede de instalações e equipamentos: 1.950 poços, 43 estações de coleta da produção de petróleo, três parques de armazenamento e transferência, dez estações de produção de gás não associado e 12 estações de compressores de gás. São quase três mil quilômetros de dutos. A produção na região soma 51 mil barris/dia de petróleo e 5,3 mil metros cúbicos/dia de gás natural.

Em relação aos projetos voltados para o estado da Bahia, a Petrobras anunciou a construção de duas plataformas no estaleiro São Roque do Paraguaçu (Maragogipe, BA). Para a construção da P-59 e da P-60, plataformas auto-elevatórias idênticas, com especificações para operar em lâminas d’água de até 110 m, a Petrobras está investindo US$ 502 milhões.
Outro grande projeto na Bahia é o trecho do Gasene que corta parte do estado, o Gasoduto Cacimbas- Catu (Gascac). O Gascac possui 954 km de extensão, sendo 794 km na Bahia e 160 km no Espírito Santo. O campo de Manati, na Baía de Camamu tem produção diária de 7,2 milhões m³/dia.

As Bacias de Camamu e Almada, situam-se na porção sul do litoral do Estado da Bahia. A Bacia de Camamu, abrangendo parte da planície costeira, limita-se ao norte com as Bacias de Jacuípe e Recôncavo, através das zonas de transferências de Itapoã e Barra, respectivamente. O seu limite sul com a Bacia de Almada ocorre próximo ao alto de Itacaré. A Bacia de Almada, por sua vez, limita-se ao sul com a Bacia de Jequitinhonha, através do Alto de Olivença. Estas Bacias totalizam uma área de 22.900 km² até o limite da cota batimétrica de 3.000m, sendo 16.500 km² pertencentes à Bacia de Camamu e 6.400 km² à Bacia de Almada. Até a Segunda Rodada de
Licitações haviam sido descobertas 4 acumulações de óleo e gás na Bacia de Camamu. Estas descobertas estão representadas por dois pequenos campos terrestres: Morro do Barro (gás) e Jiribatuba (óleo), e duas acumulações marítimas: 1-BAS-64 (óleo) e 1-BAS-97 (gás).

A Petrobras está utilizando a sonda cross rig river, para explorar petróleo no campo de Dom João, em São Francisco do Conde, a 70 quilômetros de Salvador, no Recôncavo Baiano. Já foram perfurados quatro poços no campo de Dom João por meio da nova tecnologia, com produção de 200 barris por dia, mas a expectativa é que dezenas sejam instaladas de agora em diante.

Até 2012, segundo a Petrobras, a produção na bacia terá um incremento, só em terra, de 15%, superando 50 mil barris/dia, com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão para perfuração de novos poços e recuperação e manutenção de campos maduros do Recôncavo Baiano, onde atualmente existem 1,6 mil poços em atividade, produzindo cerca de 40 mil barris/dia.

A grande expectativa produtiva, no entanto, é com a exploração marítima. Nos mil quilômetros de extensão da costa baiana, há 21 blocos exploratórios com contratos de concessão assinados, dos quais 17 contam com a participação da Petrobras. A expectativa é que desses campos marítimos seja incrementada a produção petrolífera baiana. As explorações estão sendo feitas nas bacias de Camamu - onde está localizado o campo de Manati -, Almada e Jequitinhonha.

A Petrobras realizará, no segundo semestre, novas perfurações no pré-sal, no litoral baiano. Os recursos aplicados nesta nova investida em busca de reservas petrolíferas podem chegar a US$120 milhões.

Na Bacia do Jequitinhonha, distante 74 quilômetros da costa - entre os municípios de Una e Canavieiras -, o navio Sonda realizará nova prospecção, exatamente no poço exploratório denominado BM-J-3. Já na Bacia de Camamu-Almada, na altura de Itacaré, as atenções estarão voltadas para o poço BM-CAL-5.

Os estudos preliminares já indicam bom potencial de descoberta de óleo, como no sul da Bacia do Jequitinhonha, onde a estatal já havia comprovado, no final do ano passado, a presença de hidrocarbonetos acima da camada de sal.

Nesta mesma região, a Petrobras realizou, em 2008, uma primeira perfuração, que não gerou bons resultados. Ela acontece em lâmina d’água de 2.330 metros, e a profundidade final do poço deve atingir cerca de 6.400 m.

Os investimentos em exploração na Bahia fazem parte do Plano de Negócios da Petrobras para o período 2009/2013. O total a ser aplicado no estado, no período citado, pode ultrapassar US$8 bilhões. A cifra a ser direcionada para a Bahia representa quase 1/3 do investimento estimado para o Nordeste (US$24,9 bi).

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

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