sexta-feira, outubro 29, 2010

BRASIL NO CAMINHO PARA SE TORNAR EXPORTADOR DE PETRÓLEO


Estimativas recentes têm apontado o Brasil como possível exportador de petróleo num futuro próximo, muito em função da promessa de produtividade do pré-sal. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês), o país atingirá essa condição já em 2011, com o incremento da produção diária de 2,2 milhões de barris para 2,4 milhões. O dado consta de relatório mensal do órgão sobre o setor.

(2011) será o primeiro ano do Brasil como exportador líquido de petróleo, embora volumes mais significativos só devam ficar disponíveis para o mercado mundial nos anos seguintes, diz o documento, em ressalva compartilhada por especialistas, como o diretor e fundador do Clube do Petróleo do Rio de Janeiro, Mauro Kahn. “Naturalmente estão baseados (os números da AIE) na suposição de que a produção supere nossas necessidades, mas o excedente será modesto visto que aumentar significativamente a nossa produção é algo bem mais demorado”, explica ele, em entrevista ao Nicomex Notícias.

No Brasil, quem compartilha da previsão da AIE é o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que, no último dia 27, declarou acreditar que o País irá exportar 1,5 milhão de barris por dia de petróleo em 2015, atingindo dois milhões quatro anos depois. Perguntado sobre essa questão, o diretor do Clube do Petróleo é otimista: “Exportar dois milhões (que é o consumo atual do Brasil) será algo maravilhoso e uma receita e tanto, ainda mais se o barril chegar aos 100 doláres. Façam as contas de quanto isto representa por ano”, sugere ele, olhando o lado financeiro dessa possibilidade.
Rumo à Opep

Na condição de exportador, caso ela realmente se concretize, um caminho natural para o Brasil seria pleitear uma vaga na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Caso isso acontecesse, o país teria ao seu lado uma política centralizada, com controle dos preços, mas também poderia vender o seu excesso de produção, angariando dólares para investir tanto no social quanto em novas tecnologias de exploração.

“Acho que temos de exportar petróleo com racionalidade e que teremos tempos muito bons, até porque quando tivermos uma produção boa (depois de 2020 ) o mundo estará mais do que sedento de petróleo e a maior parte das reservas mundiais estarão no Oriente Médio. Neste contexto ser um grande exportador será algo fantástico, mas precisaremos saber gerir bem esta fortuna e também administrar as pressões e influências que iremos sofrer”, diz Mauro Kahn.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre visito seu blog otimas noticias para nossa area. Sandro Alves Téc. de Segurança do Trabalho

Marcos Viniciu (Plataformista) disse...

Gosto de acompanhar seu blog tem muitas noticias interessantes para quem é da area de Petróleo e Gás e também muito proveitoso para quem não faz parte desse nosso mundo Petróleo e Gás.