LAURA CAPRIGLIONE
ENVIADA ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Prepare-se para a revolução. O que a perspectiva fez para a pintura, em pleno Renascimento, o 3D começa a fazer para o cinema e a televisão. No meio da praça Nelson Mandela, coração financeiro de Johannesburgo, assistir a um vídeo 3D do jogo da Espanha contra a Suíça reinventa o prazer de acompanhar uma partida de futebol.
Os músculos tracionados dos atletas, a bola em movimento e até os tufos de terra e grama que se projetam no ar a cada chutão dos jogadores --tudo isso parece vir ao encontro do espectador.
"Dizer que é realista é pouco. É hiper-realista", diz o analista financeiro argentino Alfredo Maffei, 29, depois de ver trechos do jogo.
A Sony aproveitou a Copa do Mundo para fazer na África o lançamento mundial da sua televisão 3D.
Espalhou aparelhos com a nova tecnologia pelo shopping center de Sandton e, cúmulo da força do marketing, instalou uma bola gigantesca bem na frente de uma estátua dourada de Nelson Mandela com seis metros de altura. O mítico líder da luta contra o regime racista ficou pequeno.
Dentro da bola, armou-se o show para as imagens em três dimensões, com telão e plateia com espaço para 300 pessoas.
ESPORTE E TECNOLOGIA
Para a empresa japonesa, o campeonato mundial de 2010 deve passar para a história como aquele em que a terceira dimensão se incorporou ao vocabulário do torcedor --e do telespectador.
As copas têm um longo histórico de apresentação de novas tecnologias de difusão de sons e imagens.
Foi em 1970, por exemplo, que se iniciou a transmissão de TV ao vivo.
Na Copa de 74, o Brasil começou a ver televisão em cores.
Em 98, aconteceu a primeira experiência de geração de imagens em alta definição (HD). 2006 inaugurou a transmissão ao vivo pela internet --partidas inteiras.
É inexorável. O torcedor que vai a estádios terá de se acostumar: daqui para frente, verá cada vez mais câmeras de TV que, em vez de uma, têm duas objetivas.
O showroom da Sony não transmitiu as partidas ao vivo. Segundo a empresa, não por limitações tecnológicas, mas porque não seria possível atender ao número de torcedores que compareceriam.
HISTÓRIA
O 3D existe praticamente desde que existe cinema, mas o boom do gênero aconteceu nos anos 50, quando animou a cultura cinematográfica de terror (um exemplo apavorante é "A Casa de Cera", com Vincent Price, de 1953, clássico do gênero).
O que está sendo apresentado em Johannesburgo como 3D é outra coisa.
Deve-se à tecnologia digital de alta definição a capacidade de incluir tantos detalhes na tela quantos os que existem em uma imagem captada pelo olho humano. Somem-se a isso os recursos clássicos do cinema, como o zoom, e a luminosidade intensa da tela.
Para ver as imagens, os degustadores da nova tecnologia 3D mostrada na África do Sul estão recebendo óculos de lentes polarizadas, como os usados para ver "Avatar" nos cinemas.
O resultado no futebol é tão sensacional que o professor peruano e torcedor do Brasil Adriano Reyes, 28, brincou: "Você acha que, se eu já tivesse uma televisão 3D no Peru, teria vindo para os campos da África do Sul, enfrentar temperaturas abaixo de zero?" Ele mesmo responde em seguida: "Teria". A experiência 3D ainda não permite participar de olas no estádio.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/
ENVIADA ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Prepare-se para a revolução. O que a perspectiva fez para a pintura, em pleno Renascimento, o 3D começa a fazer para o cinema e a televisão. No meio da praça Nelson Mandela, coração financeiro de Johannesburgo, assistir a um vídeo 3D do jogo da Espanha contra a Suíça reinventa o prazer de acompanhar uma partida de futebol.
Os músculos tracionados dos atletas, a bola em movimento e até os tufos de terra e grama que se projetam no ar a cada chutão dos jogadores --tudo isso parece vir ao encontro do espectador.
"Dizer que é realista é pouco. É hiper-realista", diz o analista financeiro argentino Alfredo Maffei, 29, depois de ver trechos do jogo.
A Sony aproveitou a Copa do Mundo para fazer na África o lançamento mundial da sua televisão 3D.
Espalhou aparelhos com a nova tecnologia pelo shopping center de Sandton e, cúmulo da força do marketing, instalou uma bola gigantesca bem na frente de uma estátua dourada de Nelson Mandela com seis metros de altura. O mítico líder da luta contra o regime racista ficou pequeno.
Dentro da bola, armou-se o show para as imagens em três dimensões, com telão e plateia com espaço para 300 pessoas.
ESPORTE E TECNOLOGIA
Para a empresa japonesa, o campeonato mundial de 2010 deve passar para a história como aquele em que a terceira dimensão se incorporou ao vocabulário do torcedor --e do telespectador.
As copas têm um longo histórico de apresentação de novas tecnologias de difusão de sons e imagens.
Foi em 1970, por exemplo, que se iniciou a transmissão de TV ao vivo.
Na Copa de 74, o Brasil começou a ver televisão em cores.
Em 98, aconteceu a primeira experiência de geração de imagens em alta definição (HD). 2006 inaugurou a transmissão ao vivo pela internet --partidas inteiras.
É inexorável. O torcedor que vai a estádios terá de se acostumar: daqui para frente, verá cada vez mais câmeras de TV que, em vez de uma, têm duas objetivas.
O showroom da Sony não transmitiu as partidas ao vivo. Segundo a empresa, não por limitações tecnológicas, mas porque não seria possível atender ao número de torcedores que compareceriam.
HISTÓRIA
O 3D existe praticamente desde que existe cinema, mas o boom do gênero aconteceu nos anos 50, quando animou a cultura cinematográfica de terror (um exemplo apavorante é "A Casa de Cera", com Vincent Price, de 1953, clássico do gênero).
O que está sendo apresentado em Johannesburgo como 3D é outra coisa.
Deve-se à tecnologia digital de alta definição a capacidade de incluir tantos detalhes na tela quantos os que existem em uma imagem captada pelo olho humano. Somem-se a isso os recursos clássicos do cinema, como o zoom, e a luminosidade intensa da tela.
Para ver as imagens, os degustadores da nova tecnologia 3D mostrada na África do Sul estão recebendo óculos de lentes polarizadas, como os usados para ver "Avatar" nos cinemas.
O resultado no futebol é tão sensacional que o professor peruano e torcedor do Brasil Adriano Reyes, 28, brincou: "Você acha que, se eu já tivesse uma televisão 3D no Peru, teria vindo para os campos da África do Sul, enfrentar temperaturas abaixo de zero?" Ele mesmo responde em seguida: "Teria". A experiência 3D ainda não permite participar de olas no estádio.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/
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