segunda-feira, abril 05, 2010

Empresas já planejam espaço publicitário no iPad


Inicialmente, os anunciantes se aproximaram das novas mídias como se caçassem patos, avançando cautelosamente nas águas dos celulares e da internet. Com o iPad, chegou a grande temporada de caça.

Preparando-se para o lançamento do iPad em 3 de abril, a FedEx adquiriu espaço publicitário nos aplicativos para iPad de Reuters, The Wall Street Journal e Newsweek. A Chase Sapphire, um cartão de crédito para o mercado de luxo, garantiu suas unidades de anúncio para iPad no New York Times por 60 dias após o lançamento.

Anunciantes como Unilever, Toyota Motor, Korean Air e Fidelity reservaram espaços no aplicativo para iPad da revista Time. Em um comunicado de imprensa preliminar, o Journal afirmou que a assinatura de seu aplicativo custaria US$ 17,99 por mês, e os primeiros anunciantes incluem Capital One, Buick, iShares e FedEx.

Pelo menos inicialmente, isso deve dar uma boa largada para as editoras. Os anúncios para iPad em aplicativos de editoras impressas custam de US$ 75 mil a US$ 300 mil por alguns meses de certa exclusividade, afirma Phuc Truong, diretor de gestão da Mobext U.S., unidade de marketing móvel da Havas Digital.

Mas assim que a agitação inicial em torno do iPad diminuir, o mesmo deve ocorrer com o entusiasmo dos anunciantes, com perguntas ainda abertas sobre como precificar os anúncios e como eles vão aparecer no iPad. Alguns dos primeiros anunciantes esperam aproveitar o impulso do programa de marketing da Apple.

"Existe um desejo de estar associado à agitação inevitável - a agitação em torno do iPad existe há tanto tempo", disse Alisa Bowen, vice-presidente sênior e chefe de edição para o consumidor da Thomson Reuters.

A FedEx, que vai ter anúncios nos aplicativos das editoras nos 90 dias seguintes ao lançamento, disse que o histórico da Apple de grandes campanhas de produto fazia parte do apelo.

"Parte de ser pioneiro", disse Steve Pacheco, diretor de propaganda e comunicação de marketing da FedEx, "é se incluir naquilo que está por vir, ser um exemplo na vida real de uma marca poderosa indo ao mercado de uma maneira nova". A FedEx será anunciante exclusiva dos aplicativos da Reuters e da Newsweek por 90 dias após seu lançamento.

Após a promoção inicial, porém, os anunciantes podem levantar questões mais difíceis. Por exemplo, a precificação é um grande ponto de discordância entre anunciantes e editoras. Mesmo no fim do ano passado, quando o iPad era somente um rumor, anunciantes defendiam preços mais baratos para anúncios em tablets em relação aos impressos.

"Temos esperança de que o custo diminua, porque é bem mais fácil criá-lo eletronicamente e inseri-lo em um livro eletrônico do que imprimi-lo", disse em entrevista Steve Sturm, então um vice-presidente da Toyota Motor North America, em dezembro (ele deixou a companhia posteriormente).

Mas as editoras defendem preços maiores do que os impressos e não desenvolveram formas padronizadas de cobrança por anúncios. "Algumas estão fazendo por cobranças fixas, outras dizem 'ei, vendemos até X impressões por Y dólares'", disse Max Mead, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da RointRoll, empresa de tecnologia publicitária que está trabalhando com formatos de anúncios para iPad.

Os anunciantes estão acostumados a pagar com base no número de vezes que seu anúncio é visto na internet ou no celular, ou com base na circulação da revista impressa. Ninguém sabe quão popular será o iPad. Houve apenas pouco menos de 200 mil pré-encomendas, disse Gene Munster, analista da Piper Jaffray. Mas, mesmo presumindo que um único aplicativo fosse quase onipresente nos iPads, isso ainda seria uma fração do público que um anunciante atingiria com uma propaganda em um programa de televisão famoso.




Fonte: http://tecnologia.terra.com.br

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