sábado, janeiro 30, 2010

MercadoLivre terá versão mobile e geotagging



Em sua primeira palestra no país, Marcos Galperín, criador e presidente do MercadoLivre, deu algumas pistas sobre o que os brasileiros podem esperar do site de troca-troca nos próximos cinco anos. Além de revelar que pretende investir em mobilidade e geotagging, apontou vários erros que enfrentou em sua trajetória, e contou para a plateia como foi difícil fazer o site decolar.


“O iPhone e o sistema operacional da Google trouxeram uma revolução para o cotidiano das pessoas, e o MercadoLivre pretende entrar na jogada”. Coitada da Nokia: o CEO até chegou a mencionar a companhia, mas acha mesmo que a revolução é do OS da Apple e do Android. Até 2015, Galperín disse que deve levar o serviço de compra e venda a essas plataformas, assim como aplicativos de geotagging para localizar usuários. Mas não é só isso.

Que bom: outra aposta vai ser a busca em tempo real, já que as pessoas tem cada vez menos paciência e tempo para carregar novas páginas. E como todas as outras empresas presentes na Campus Party, o MercadoLivre também acordou para o fenômeno das redes sociais, e pretende estar presente no Facebook em pouco tempo.

Só que o mais bacana da palestra de Galperín não foi nem saber o que vem por aí, mas ouvir ele contar a história do seu calvário. Diante da plateia de fãs, depois de encher a bola do site, ele contou os principais erros da sua história.

“A concorrência é assustadora. Caímos várias vezes no erro de nos preocupar mais com ela do que com nossos usuários”, disse ele, mas sem lamentar. Afinal, demorou dez anos, mas agora o site tem 33,7 milhões de usuários cadastrados. Mesmo assim, ele conta que sua equipe deu algumas tropeçadas seguindo a concorrência, como tentar fazer marketing de massa quando a internet só tinha 3% de penetração no Brasil.
Outro erro ocorreu quando o site deu com os burros n’água tentando lançar uma edição para os latinos dos EUA. “Era para ser um site para aquele nicho de mercado, mas muitos latinos moram nos Estados Unidos e não falam inglês para comercializar com outros.” A programação também é um fator a melhorar. Ele reconheceu: “Os programadores do site poderiam fazer muito mais para o site do que estão fazendo”. Apoiado.

E por último, mas não menos importante, ele pediu desculpas quando um usuário reclamou de nunca conseguir falar com o site. “Recebemos 40 000 e-mails de reclamação por dia e atendemos cerca de 80%. Se você tentar falar com o Google também não vai conseguir”. Tudo bem, ele se desculpou. Mas MercadoLivre é meio diferente de Google, não, Galperín?

Com certeza todos os campuseiros gostam muito do MercadoLivre, mas teve uma iniciativa deles que não colou na Campus Party. “Compusemos um hino oficial do evento e colocamos em nosso site. A ideia era fazer uma flashmob em que todo mundo cantasse junto”, explicou Leonardo Galvão, do marketing da empresa. Os campuseiros em geral são bem animados, mas falaram que a ideia era ruim. Tire suas próprias conclusões ouvindo o hino no blog.


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