domingo, janeiro 10, 2010

Governo lança campanha para coibir comércio ilegal de celular

Diante do grande número de roubos de aparelhos celulares no País - cerca de 1 milhão por ano - o Ministério da Justiça (MJ) lançou nesta quarta-feira uma campanha que visa incentivar o consumidor a informar a sua operadora sobre o roubo para que o número do aparelho seja bloqueado e que aquele celular furtado não possa fazer parte do comércio ilegal.

A campanha tem o objetivo de esclarecer para a população que em caso de furto, roubo, ou até de perda do celular, é possível bloquear não só o chip da linha, como também o aparelho celular em si, impedindo que ele seja revendido de forma ilegal.

Segundo dados do MJ, por ano são furtados no País cerca de 3 milhões de eletrônicos no País, deste total, pelo menos 30% são aparelhos celulares. O Ministério acredita que se toda a população começar a comunicar o furto à sua operadora e desta forma bloquear o aparelho automaticamente, o número de furtos de celulares irá diminuir no Brasil, já que a pessoa que vai furtar o aparelho estará sabendo que dificilmente conseguirá reabilitá-lo em outro chip.

"O número de furtos e roubos é tão grande no País porque existe um comércio ilegal. Se todos começarem a impedir que estes aparelhos sejam reutilizados, este comércio vai começar a diminuir até acabar. Depende do cidadão que não compre mais e que faça o registro e impeça que este celular roubado alimente o comércio ilegal", disse a secretária de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Mariana Tavares.

Ela afirmou que atualmente as próprias empresas que operam a telefonia móvel no País criaram um sistema "desarticulado" para cadastrar estes celulares roubados e efetuar o bloqueio.

Por esta razão ela afirma que ainda hoje o Ministério da Justiça vai enviar uma nota técnica para a Agência Nacional de Comunicações (Anatel) pedindo para que a agência estude formas de criar um novo cadastro de forma mais articulada e rápida e dando ao consumidor a oportunidade de bloquear não só o chip como o aparelho.

"Nossa sugestão é que ela (Anatel) uniformize os requisitos que as operadoras exigem. Atualmente são informações que não são uniformes, as providencias que o consumidor tem que tomar ainda não são claras, uniformes. Algumas operadoras conseguem recuperar outras não. A nossa medida alça isso, queremos uma política nacional e pedimos a iniciativa da Anatel", afirmou.



Fonte: www.terra.com.br

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