quarta-feira, outubro 21, 2009

Robôs podem ser usados para espionagem e vandalismo


Pesquisadores da Universidade de Washington realizaram um estudo que mostra que o atual estágio de desenvolvimento dos robôs domésticos e de brinquedo permite seu uso para fins nada pacíficos como violência, espionagem e vandalismo. Foram feitos vários testes e os resultados são alarmantes.

Segundo o site Slashdot, uma pesquisa publicada no dia 6 de outubro mostra que a segurança é considerada um item secundário na produção dos robôs atuais. "Nós ficamos chocados com a forma como era fácil comprometer alguns desses robôs" - disse Tadayoshi Kohno, professor assistente da Universidade de Washington e co-autor do estudo.
Três robôs que já estão à venda para o público em geral foram usados nas experiências: o Erector Spykee, um robô que pode ouvir, falar, tirar fotos e enviar vídeos em tempo real, o WowWee's RoboSapien, um andróide capaz de responder a comandos de voz e realizar diversos movimentos e o WowWee Rovio que possui comunicação sem fio e faz streaming de áudio e vídeo. Todos eles foram obtidos antes de outubro de 2008.
De acordo com o site da Universidade de Washington, os robôs que já estão sendo vendidos para uso doméstico podem ser controlados remotamente por seus proprietários até mesmo pela internet. Por um lado isso facilita o acesso aos dispositivos, mas também possibilita que alguém não autorizado assuma o comando.
Durante a pesquisa, que foi feita para a conferência UbiComp 2009, os estudiosos encontraram diversas vulnerabilidades: com exceção do Spykee, as informações de acesso usadas para controlar os dispositivos não recebem segurança de criptografia, o que pode permitir o uso indevido por uma terceira pessoa. Vídeos e áudio podem ser interceptados facilmente. No caso do Rovio, sequer existe uma opção para desabilitar o acesso remoto.
Isso quer dizer que qualquer pessoa com más intenções pode ver o que acontece dentro das residências ou ouvir conversas e derrubar objetos pequenos.
"Se a segurança e a privacidade não forem tratadas de forma adequada, então as consequências aos usuários podem ser graves, especialmente no futuro, quando os robôs se tornarem mais sofisticados e capazes de executar funções mais complexas" - diz o relatório.
Vale lembrar que as forças armadas dos Estados Unidos já usam autômatos em batalhas.



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