segunda-feira, agosto 17, 2009

HP Vivienne Tam, o netbook para meninas


Minilaptop fashion, 1190BR tem seu charme, mas custa uma fortuna


Quando chega um netbook por aqui, as meninas da redação já soltam aquele “óóó, que bonitinho”. Agora a HP resolveu apelar ainda mais para a sensibilidade feminina e convocou a estilista chinesa Vivienne Tam, que desenhou uma versão fashion do Mini 1120BR. Em pele de modelo, o 1190BR provocou duas reações no INFOLAB: numa rápida enquete, alguns (poucos) acharam a coisa mais linda e saíram cantando Dancing Queen, do Abba; porém, a maioria definiu o acabamento vermelhão como extravagante, espalhafatoso, escalafobético ou estrambótico. Se é bonito ou feio, decida você. Mas será que vale a pena pagar mil reais mais caro, em relação ao modelo comum? Vejamos.Esse laptop tem exatamente a mesma configuração já avaliada por nós naquela carcaça preta. Na ocasião, achamos que ele era realmente o melhor netbook disponível no Brasil e continuamos com essa opinião – embora tenha surgido, de lá para cá, o Asus Eee PC 1008HA, um concorrente e tanto. Se você deseja atrair holofotes, a versão Vivienne arrasa, com detalhes orientais e ideogramas pintados em dourado, assim como as letras das teclas. Mas o grande mérito do produto é possuir um teclado quase tão espaçoso quanto o de um laptop tradicional.O segredo desse conforto é utilizar toda a área disponível na base. Assim, as únicas teclas mais apertadas são as laterais, como o Caps Lock e o Shift, além da fileira superior de funções. Você não demora mais de dez segundos para se acostumar e sair digitando sem olhar para as mãos. No entanto, a tintura vermelha deixa os botões meio escorregadios e tornam mais difícil a identificação dos botões somente pelo tato. Lembrando que o material usado no acabamento do modelo comum é fosco, e não brilhante. O efeito colateral do tecladão é um touchpad verticalmente estreito. Quem está acostumado a usar notebooks também estranha os botões nas laterais. E aqui, novamente, a tinta prejudica a sensibilidade.
Uma tela de babarO Mini 1190BR também brilha, literalmente ou não, quando o assunto é sua tela de 10,1 polegadas. Ela tem resolução um pouco diferente da convencional, com 1 024 por 576 pixels, ou seja, é mais achatada. Porém, os aplicativos não ficam distorcidos e não causam nenhuma sensação de estranheza. No fim das contas, o formato só ajuda a deixar a máquina menor e mais fácil de carregar em qualquer bolsa ou pasta (aliás, o estojo que acompanha o produto é tão chamativo quanto a máquina).O display tem brilho e nitidez impressionantes, principalmente quando o micro está ligado à tomada. Porém, ele mostra reflexos demais em ambientes muito iluminados. Aí é uma escolha da qualidade em detrimento da usabilidade. Em geral, costumamos criticar isso, pois o ideal em netbooks é a boa e velha tela fosca. Afinal, você geralmente usa essa máquina no colo, e não numa posição considerada ideal, bem à frente de seus olhos e com apoio sobre a mesa.Olhando de longe, a tela parece até aquela usada nos MacBooks mais novos, com uma finura impressionante. Mas é claro que o material não tem a mesma qualidade do alumínio anodizado em peça única. Neste caso, trata-se de plástico comum na tampa, com cobertura em acrílico, em vez do vidro utilizado pela Apple. De qualquer forma, é o melhor acabamento já visto num minilaptop.

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