quarta-feira, abril 22, 2009

PCs menores preocupam indústria

O setor de computadores pessoais está posicionado para vender dezenas de milhões de pequenos aparelhos de baixo uso de energia cuja função central será o acesso à Internet. Curiosamente, algumas das maiores empresas do setor consideram que isso seja má notícia.
Em uma história de sucesso que causa ressentimento, os fabricantes de computadores estão cautelosos quanto a novos tipos de computadores, porque os baixos preços poderiam ameaçar as margens de lucro já ínfimas que os fabricantes de computadores pessoais vêm mantendo.
Os novos computadores, muitas vezes designados como netbooks, ou subnotebooks, dispõem de baixa memória interna. Os chips que eles usam consomem pouca energia. O objetivo dos aparelhos é essencialmente navegar pela web e verificar e-mails. O preço é igualmente modesto, com alguns deles vendidos por apenas US$ 300 (cerca de R$ 475).
As empresas pioneiras na categoria também eram pequenas, como a Asus e a Everex, ambas de Taiwan. A despeito de sua cautela diante das pequenas máquinas, Dell e Acer, duas das maiores fabricantes de computadores pessoais, não estão a ponto de permitir que as empresas iniciantes tenham o mercado para si.
A Hewlett-Packard, maior fabricante mundial de computadores pessoais, recentemente chegou discretamente a esse segmento com um híbrido de netbook e laptop que ela designa Mini-Note. Diversos fabricantes estão falando em levar esses pequenos computadores um passo além. Nos próximos meses, a expectativa é de que introduzam "net tops", versões de baixo custo dos computadores de mesa também destinadas ao uso para acesso à Internet.
Uma empresa iniciante do Vale do Silício chamada CherryPal diz que desafiará a idéia de que grande poder interno é necessário para funções básicas de computação na era da Internet. Nesta semana, ela planeja introduzir um computador de mesa de US$ 300, do tamanho de um livro de bolso e consumo de energia de apenas dois watts, ante os 11 watts de algumas máquinas de mesa.
O objetivo é tirar vantagem da tendência de cloud computing ("computação em nuvem"), com a qual os dados são geridos e armazenados em servidores distantes e não na máquina.
Analistas do setor dizem que o surgimento dessa nova classe de máquinas de baixo custo que usam o modelo nuvem pode ameaçar gigantes como Microsoft e Intel, e até mesmo HP e Dell, porque as gigantes construíram suas empresas sobre a idéia de que os consumidores desejam mais potência e mais funções em seus computadores.

Fonte: www.terra.com.br

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