segunda-feira, julho 08, 2013

Bônus R$ 15 bi para leilão do pré-sal fica acima do esperado

São Paulo – O bônus de assinatura de 15 bilhões de reais estabelecido nesta quinta-feira pelo governo para o primeiro leilão do pré-sal ficou acima do esperado pela indústria petrolífera, avaliou representante da indústria, e pode acarretar em uma participação menor da União no óleo produzido.

A primeira rodada de licitações de blocos do pré-sal, sob o regime de partilha, que será realizada em 22 de outubro, vai exigir que o vencedor ofereça à União, além do bônus, uma participação de pelo menos 40 % do petróleo produzido, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.

“Com relação ao número que a gente tinha escutado do governo, posso dizer que foi uma surpresa, escutávamos 10 bilhões de reais (para o bônus). Foi uma surpresa o acréscimo de 50 % em relação ao que era falado”, disse o coordenador do Comitê de Relações do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Flávio Rodrigues, à Reuters.

“Não existe mágica para rodar um modelo econômico… Se colocar isso no fluxo de caixa, vai ter que compensar em alguma outra variável, seja no ‘profit oil’ (óleo partilhado com o governo) e em vários outros parâmetros”, acrescentou Rodrigues, do IBP.

Quanto maior o bônus estabelecido, menor deve ser o retorno para o governo em forma de partilha de óleo, avaliou recentemente um diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com a publicação da resolução no Diário Oficial, a ANP poderá lançar a minuta do edital do leilão, que entrará em consulta pública, o que permitirá uma melhor avaliação das regras da licitação pelo setor.

“A indústria falava em números entre 10 e 20 bilhões, acabou indo no meio da faixa, a expectativa agora é aguardar a ANP publicar o ‘draft’ do contrato, e exatamente o restante do edital para a gente poder focar no modelo econômico”, disse a jornalistas o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, em evento no Rio de Janeiro.

O governo separou a área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, para leiloar nesta primeira rodada do pré-sal.

A expectativa da ANP é que o leilão tenha a participação de grandes empresas, atuando em consórcios.

Fonte:Reuters por (Gustavo Bonato e Roberto Samora)

domingo, julho 07, 2013

Aker Solutions assina contrato com Repsol Sinopec Brazil

O contrato de três anos vem com uma opção para mais dois anos de serviços. Repsol vai utilizar o equipamento em uma operação em águas ultraprofundas na Bacia de Campos.

“Este contrato irá demonstrar as capacidades únicas do nosso sistema de segurança de manuseio de gás de elevação e introduzir a primeira aplicação de águas profundas de nosso dispositivo de riser de perfuração em um sistema offshore de MPD abaixo do tensor em uma plataforma”, diz Charles Orbell, chefe de operações pressionados gerenciados (MPO), que é parte do negócio de tecnologias de perfuração da Aker Solutions.

O sistema de tratamento de gás de elevação ajuda a controlar os fluidos do poço durante a perfuração de petróleo e gás. Ele detecta um fluxo de gás em um riser de perfuração e desvia o gás para evitar um desastre.

MPD tecnologia melhora o desempenho e segurança de perfuração. Os risers de perfuração dispositivo veda a área ao redor do tubo de perfuração durante as operações de perfuração. Integrando um dispositivo de perfuração do riser com um sistema de tratamento de gás de elevação permite que as operações de perfuração do MPD.

Aker Solutions em fevereiro de 2013 adquiriu Dirigido Pressão Operações Internacionais, que fornece conhecimentos e tecnologias no segmento de perfuração de pressão gerenciado emergente. MPD é usado para melhorar a segurança e eficiência durante as operações de perfuração, permitir o acesso a novas áreas com condições difíceis de perfuração e aumentar a vida útil de campos maduros.

O contrato foi contabilizado como entrada de pedidos no segundo trimestre de 2013.

Fonte: Da Redação

Projeto de R$ 10 bi da Petrobras recebe aval

A Petrobras recebeu sinal verde para tocar o projeto que prevê a exploração do Bloco BC-20, o chamado campo de Papa-Terra, localizado na área sul da Bacia de Campos, a uma distância aproximada de 83 km da costa da cidade de Arraial do Cabo, litoral do Rio de Janeiro.

A licença prévia ambiental, conforme adiantado na manhã de ontem pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, foi assinada pelo presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior. O documento atesta a viabilidade do empreendimento. Agora, cabe a Petrobras viabilizar um conjunto de medidas de mitigação de impacto socioambiental para conseguir a licença de instalação do empreendimento, que permitirá a implementação efetiva do projeto.

A viabilidade do empreendimento é crucial para o plano de expansão de exploração da Petrobras. Em seu pico de produção, o campo de Papa-Terra tem previsão de entregar 21.326 metros cúbicos de óleo por dia, o equivalente a 134,1 mil barris de petróleo, diariamente. Para se ter uma ideia do que esse volume representa, trata-se de 6,6% de todo o petróleo produzido no Brasil, tomando-se como referência a produção registrada até fevereiro passado.

Os investimentos para viabilizar o empreendimento são avaliados em cerca de R$ 10,7 bilhões. No Campo de Papa-Terra, está prevista a instalação de duas plataformas, a P-61 e a P-63, com distância de aproximadamente 350 metros entre as duas unidades. A plataforma P-61 produzirá óleo a partir da exploração de 13 poços. Esse óleo será enviado para a P-63, que terá mecanismos para processar e estabilizar o óleo, além de separar a água e o gás natural. O óleo processado será alocado em navios, enquanto a água produzida será tratada e descartada no mar. O gás associado será comprimido, desidratado e usado como combustível.

Fonte: Valor Econômico/André Borges
De Brasília