domingo, agosto 28, 2011

China representa ameaça aos fornecedores do pré-sal


Entrada de produtos chineses no País, que se intensificou durante o período de recuperação da crise financeira de 2008 (quando o Brasil passou a se tornar alvo de investidores estrangeiros por ser considerado seguro e a grande quantidade de dólares deixou a moeda mais barata) e vem tirando mercado do setor automotivo, agora ameaça também o fornecimento da cadeia de petróleo e gás voltada ao pré-sal.

Uma válvula borboleta (usada para isolar ou regular a vazão de um fluido) fabricada na China, por exemplo, chega no País com preço três vezes menor do que o que se paga somente pela matéria-prima brasileira.

A atração de empresas do Exterior para esse segmento pode provocar, além da perda de mercado para os importados, o deslocamento da indústria local para setores de menor valor agregado. Ou seja, em vez de desenvolver tecnologia, as empresas passam a trabalhar somente com a montagem de produtos.

Outros pontos destacados por levantamento da Organização Nacional da Indústria do Petróleo, divulgado ontem durante evento que abordou os novos desafios para o pré-sal, foram os riscos de captação de financiamento externo atrelado ao suprimento e de criar um cliente único fornecedor da Petrobras.

RAIO X

Existe uma série de fatores que contribuem para esse cenário, que preocupa o setor por desestimular a competitividade da indústria. Dentre eles, os já conhecidos - e criticados - pelas fabricantes de autopeças, como a alta carga tributária, o custo do capital - que inclui empréstimos para capital de giro - e o real valorizado. Todos chamarizes para a importação.

O diretor-geral da Onip, Eloi Fernández y Fernández, destacou que é preciso haver mudanças estruturais na cadeia de petróleo e gás, como a remoção de obstáculos que impeçam o aproveitamento de ganhos em escala, o aumento do ganho de produtividade, o investimento na educação básica e técnica e a redução dos gargalos da infraestrutura. "É preciso, em primeiro lugar, assegurar a desoneração dos investimentos e garantir às empresas locais as mesmas condições de isenção das empresas estrangeiras para o fornecimento de produtos e serviços."

Outras ações igualmente prioritárias são o incentivo à criação de institutos tecnológicos voltados à pesquisa industrial, a simplificação de regras de conteúdo local reduzindo burocracia e custos para a cadeia e operadores e o estímulo, através de premiação, às empresas que superarem metas de conteúdo local.

INVESTIMENTO

Fernández contou que, até 2014, devem ser investidos pela indústria brasileira R$ 611 bilhões, sendo que 62% ou R$ 378,8 bilhões serão provenientes do setor de petróleo e gás. Esse valor corresponderá a metade dos aportes realizados em infraestrutura, de R$ 756 bilhões.

O diretor da Onip diz que 79% do investimento da cadeia deverá partir da Petrobras (US$ 212 bilhões) e, 21% (US$ 58 bilhões), de empresa de fora que têm atividade no País - a maioria é parceira da estatal.

"Nesse período, a demanda por bens e serviços deverá alcançar cerca de R$ 400 bilhões", avisou o executivo.

Crise dos Estados Unidos não vai alterar aportes da estatal

A turbulência norte-americana, que ganhou os holofotes do mundo todo após rebaixamento da nota do rating soberano (que avalia a capacidade de um país honrar suas dívidas) concedida pela agência de risco Standard & Poor's de AAA para AA+, não vai mudar os planos de investimento da Petrobras. Até 2015 estão previstos US$ 224,7 bilhões (R$ 357,2 bilhões).

"Uma crise não pode mudar um plano estratégico de longo prazo", afirmou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. "No auge da turbulência anterior, anunciamos o investimento de US$ 176 bilhões e foi um escândalo. Mas, ao nosso ver, a crise não cancelou o futuro, as pessoas vão continuar andando de carro, ônibus, avião e navio. A necessidade do combustível não vai acabar e, muito menos, sua demanda."

O aporte integra o objetivo de elevar a produção do pré-sal de 2% para 40% até 2020. "O mercado brasileiro, que é hoje de 2,1 milhões de barris por dia de consumo de derivados de petróleo, vai ultrapassar 3 milhões em 2020", disse Gabrielli.

Número de empregos pode chegar a 2,5 milhões

A cadeia do petróleo e gás emprega, atualmente, em todo o País, 420 mil trabalhadores. A expectativa da Organização Nacional da Indústria do Petróleo é que, com a exploração do pré-sal, esse número salte para 2,5 milhões de postos de trabalho até 2020.

A perspectiva é calcada em três fatores principais. Com o aumento da demanda local com participação constante no fornecimento, espera-se gerar mais 760 mil vagas. A variação da participação no fornecimento deve propiciar a contratação de mais 1,150 milhão e o crescimento da exportação, mais 170 mil.

No entanto, o diretor-geral da Onip, Eloi Fernández y Fernández, alertou, durante evento que discutiu os novos desafios do pré-sal, que se a indústria nacional não tiver subsídios para se tornar competitiva, esse número chegará a, no máximo, 860 mil, cerca de 500 mil a mais do que hoje, em vez de quase 2,1 milhões.

CAPACITAÇÃO

Até lá, segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, 280 mil profissionais da cadeia de fornecimento serão capacitados pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural.

A Petrobras é a principal financiadora deste plano de qualificação, aportando recursos previstos para investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O Prominp conta também com verba do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Os cursos de qualificação são oferecidos por meio de processos de seleção pública que ocorrem, no mínimo, uma vez por ano nos Estados que possuem empreendimentos do setor de petróleo e gás natural. Os candidatos precisam se inscrever no curso desejado e, em seguida, realizar a prova nacional de seleção.

FINANCIAMENTO

Gabrielli anunciou ontem que será disponibilizada uma modalidade de financiamento com juros até 40% menores que os praticados no mercado para facilitar a vida dos fornecedores da cadeia. "Esperamos alcançar 250 mil empresas no País", contou. "O benefício será concedido até o quarto elo da cadeia para as companhias que comprovarem fazer parte dela pelo fato de terem a garantia de pagamento da Petrobras."

Fonte: http://www.dgabc.com.br/

sábado, agosto 27, 2011

Oportunidade Engenheiro de Petróleo



A Deloitte oferece serviços nas áreas de Auditoria, Consultoria Tributária, Consultoria em Gestão de Riscos Empresariais, Corporate Finance, Consultoria Empresarial, Outsourcing, para clientes dos mais diversos setores. Com uma rede global de firmas-membro em mais de 140 países, a Deloitte reúne habilidades excepcionais e um profundo conhecimento local para ajudar seus clientes a alcançar o melhor desempenho, qualquer que seja o seu segmento ou região de atuação.

No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é uma das líderes de mercado e seus mais de 4.000 profissionais são reconhecidos pela integridade, competência e habilidade em transformar seus conhecimentos em soluções para seus clientes. Suas operações cobrem todo o território nacional, com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Joinville, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Se você busca capacitação para atuar no mundo dos negócios em um ambiente que incentiva seu desenvolvimento profissional e no qual seu desempenho será reconhecido, a Deloitte oferece uma ótima oportunidade para a sua carreira.

Oportunidade para o Rio de Janeiro
Consultor (cód.: ENG-PETROLEO)
Formação acadêmica em Engenharia de Petróleo (pode estar cursando);
Conhecimento da indústria de Petróleo, análise econômica de projetos;
Domínio de Excel e Project;
Inglês intermediário.

Os interessados deverão encaminhar currículo atualizado com pretensão salarial (regime CLT) para rhrj@deloitte.com, colocando no campo assunto o código da oportunidade.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

sexta-feira, agosto 26, 2011

Megaeventos vão acentuar déficit de profissionais na área deTI no país


RIO DE JANEIRO (Agência Brasil) – Os grandes eventos internacionais que serão realizados no Brasil nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além da exploração do petróleo e gás da camada pré-sal, poderão acentuar ainda mais a falta de profissionais brasileiros na área de tecnologia da informação (TI), cujo déficit atual chega a 70 mil, prevê Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

O chefe da Divisão de Atendimento e Suporte da TI da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Fabio Brandão, disse que só na região fluminense há uma necessidade de 3,2 mil profissionais. “Estima-se que, com o aumento da demanda, esta escassez aumente”, disse.

Segundo o técnico da Firjan, além de investimentos em infraestrutura tecnológica, esses eventos farão com que as empresas privadas capacitem profissionais que terão, por exemplo, o seu primeiro emprego na área de suporte de TI. Fabio Brandão reiterou que hoje, o Brasil não tem profissionais suficientes para atender à demanda que virá.

Para Brandão, os megaeventos implicarão também na necessidade de desenvolvimento de novos produtos e serviços. “Hoje, o mundo é digital”, declarou. As inovações tecnológicas que continuarão surgindo a cada dia, “com a Copa e os outros eventos, tornarão isso mais urgente”.

Ele também destacou, em especial, que a realização no Rio de Janeiro, em 2013, da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com a presença do papa Bento XVI, vai impactar o setor de TI, uma vez que os jovens são a parcela da população que faz maior uso dessas tecnologias.

O gerente de suporte remoto de TI da Petrobras, Leonardo Bottino, confirmou que a demanda por mão de obra na área de TI vai crescer muito com esses eventos. “É inexorável”. Segundo ele, o pré-sal vai trazer crescimento para a Petrobras e, também, novos desafios. Acrescentou que os demais eventos programados vão fazer com que o país, e em especial, o Rio de Janeiro, assuma um destaque internacional muito grande.

“Isso vai exigir uma série de serviços que hoje não existem, pelo menos na quantidade que se precisa”. Ressaltou que a estrutura para atender os milhares de turistas que deverão vir ao Brasil vai demandar projetos na área de tecnologia da informação para apoiar essas ações, seja na construção civil, na hotelaria, no turismo, no transporte. “Tudo tem TI e o setor vai ser demandado por uma mão de obra que hoje já está deficitária”. Bottino avaliou que o déficit de profissionais vai inflacionar o mercado. “E isto não é bom”.

Ele acredita que essa será uma oportunidade também para incluir no mercado de trabalho pessoas que estão fora, sem qualificação. Caberá às próprias empresas tomar a iniciativa de treinar os funcionários e capacitá-los, sem esperar que o governo faça tudo sozinho. “Nós estamos em um momento de quebra desse paradigma. Agora, as empresas que quiserem crescer têm que participar ativamente desse processo”.

Como tomadora de serviços, a Petrobras implantou recentemente o programa Progredir, onde as empresas prestadoras de serviços podem contrair empréstimos a taxas reduzidas, crescer “e ficar do tamanho que a Petrobras precisa para o pré-sal”, disse Bottino.

De acordo com a Brasscom, o mercado brasileiro de TI emprega mais de 1,2 milhão de profissionais e é o sétimo maior mercado do mundo.

Fonte: http://www.oreporter.com/